quarta-feira, 17 de abril de 2013

Projeto Mogiano assina contra oferta de menos vagas


Projeto
Mogiano assina contra oferta de menos vagas
Abaixo-assinado que circula na Internet para que vagas para deficientes não sejam reduzidas nas empresas ganhou a adesão de Wilson Gomiero
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Wilson Gomiero: "Cota para deficientes no mercado de trabalho já é reduzida e pode ficar pior"
Um abaixo-assinado está circulando pela Internet contra o projeto de lei que reduz o número de contratação de pessoas com deficiência pelas empresas. A ideia é diminuir o número total de vagas obrigatórias de 5%, atualmente, para 3%. Líderes ligados a movimentos em favor dos direitos das pessoas com deficiência afirmam que o projeto irá prejudicar a inserção destas pessoas no mercado de trabalho.

O aposentado e integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Wilson Gomiero, de 58 anos, é uma das pessoas que se posicionou contra o projeto de lei. "Fiquei sabendo deste abaixo-assinado por causa da grande rede de pessoas com deficiência com que me comunico frequentemente. Achei interessante repassá-lo adiante", afirmou. Ele destacou que o principal problema desse projeto de lei é restringir ainda mais as vagas no mercado de trabalho para as pessoas com deficiências. "Esta cota já é reduzida e vai ficar pior. Eles querem mexer nos números fixos que já tinham sido estabelecidos e isso atrapalha muito a inserção destas pessoas no mercado de trabalho", avaliou.

Gomiero acredita que o abaixo-assinado feito pela Internet toma proporções maiores e consegue atingir mais pessoas. "As pessoas que estão conectadas são formadoras de opinião, elas acabam sempre repassado e-mails como este", analisou. Ele informou que as assinaturas recolhidas com o abaixo-assinado serão entregues ao Congresso Nacional. "Fora isso, como integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, irei entre os dias 24 e 26 a Brasília e levantarei esta discussão. Não estamos querendo nenhuma vantagem, pedimos apenas os nossos direitos. As pessoas com deficiência precisam se unir", contou. 
O conselheiro disse que as pessoas com deficiência já sofrem uma série obstáculos para conseguir emprego. "É difícil para estas pessoas ter acesso à educação, porque os prédios não estão adequados, as ruas não têm acessibilidade e os professores não são preparados. Entrar no mercado fica difícil", destacou.

Fonte:Mogi News