terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Lixão Tomiyama manterá proposta de CEV


Lixão
Tomiyama manterá proposta de CEV
Mesmo após críticas do movimento "Aterro não, usina sim", vereador vai continuar com o projeto de criar comissão
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Tomiyama: "Vamos propor algo moderno"
Mesmo sob protestos dos integrantes do movimento popular "Aterro não, usina sim", o vereador Olímpio Osamu Tomiyama (PSC) garantiu que apresentará o projeto de criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) que discutirá propostas para a destinação final de resíduos sólidos. Ele respondeu às acusações do líder comunitário do bairro do Itapeti, Silvio Marques, que afirmou que o parlamentar "poderia usar a CEV em prol dos interesses da Queiroz Galvão, uma vez que já manifestou ser favorável ao empreendimento". 
"Eu já me manifestei muito claramente sobre este assunto. A tecnologia de enterrar lixo está esgotada. A filosofia da comissão será propor algo mais moderno e que seja bom para o meio ambiente", disse. "O grupo parlamentar é importante para dar um embasamento jurídico, técnico e político à discussão. É arriscado deixar o assunto apenas nas mãos de curiosos e guerrilheiros", disse o vereador, ao fazer alusão à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Guerrilheiros do Itapeti.

Tomiyama ressaltou, ainda, que "dizer que ele foi a favor ou que Silvio Marques defendeu a construção do aterro da Pajoan já não vem mais ao caso". "Não podemos mais buscar os holofotes e fazer ilações ou então vamos colocar os pingos nos ´is´. Não fui eu quem tentou trazer a Queiroz Galvão, mas o ex-prefeito Junji Abe", acusou Tomiyama. 
Ele adiantou que durante a sessão de hoje apresentará o projeto da criação da CEV e indicará o vereador Juliano Abe (PSD) para a presidência. 
Junji
O deputado federal Junji Abe (PSD) disse, por meio de Assessoria de Imprensa, que "de fato foi a favor de um aterro municipal, mas que, devido ao sucesso da licitação para terceirização do lixo e, ainda, a pequena vida útil do aterro, passou a ser contrário ao projeto". 
Ele lembrou que buscar um aterro que recebesse os detritos da cidade era "vital". "Chegamos ao Executivo pagando uma multa diária em decorrência do funcionamento do lixão da Volta Fria. Com a desativação do local, tivemos de buscar uma alternativa imediata, que, no primeiro momento, foi o aterro, contudo, com o passar o tempo e o bom andamento da licitação, o que transferiu para a empresa vencedora da concorrência pública a responsabilidade de levar o lixo da nossa cidade a um aterro licenciado, além da mobilização da sociedade civil, esse projeto foi sepultado". 
"Se o aterro não saiu até agora, isso ocorreu porque as administrações municipais e a população se mobilizaram contra o empreendimento. Tenho o direito de mudar de ideia em benefício da sociedade".

Fonte:O Diário de Mogi