terça-feira, 13 de novembro de 2012

Impostômetro Mogianos já pagaram mais de R$ 636 milhões em impostos


Impostômetro
Mogianos já pagaram mais de R$ 636 milhões em impostos
Ontem, o impostômetro da ACSP chegou ao valor de R$ 1,3 trilhão, nove dias antes do que o alcançado em 2011
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Divulgação

Impostômetro: ontem, brasileiros alcançaram R$ 1,3 trilhão em impostos pagos este ano
Os mogianos pagaram R$ 636.860.182,45 de impostos de janeiro até ontem. O valor é R$ 57.298 milhões maior que o montante arrecadado no mesmo período do ano passado. Com o valor conseguido nesses onze meses daria para construir cerca de 63 creches, comprar 21 mil carros populares, além de nove mil casas populares. O dinheiro seria capaz de custear ainda 636.860 milhões de computadores e 335 milhões de televisores Led de 40 polegadas.

Nesta segunda-feira, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou a soma de R$ 1,3 trilhão, o que inclui todos os impostos pagos nas esferas federal, estadual e municipal pagos pelos brasileiros. Este ano o valor foi atingido nove dias antes, se comparado com o ano passado. A presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen, argumentou que os impostos embutidos nos produtos deviam ser demonstrados nas notas fiscais. "Esse projeto já foi aprovado desde 2006, mas até agora não entrou em vigor em lugar algum", acrescentou.

Tânia lembrou que muitos consumidores não têm noção da quantidade de impostos que pagam diariamente. "Eles pensam que os impostos são o IPTU e IPVA, porque são pagos separados. Mas, 40% do valor pago em um copo de água são impostos", ressaltou. Ela acrescentou que os impostos no comércio também são cumulativos. "A pessoa que produz um fio, por exemplo, paga impostos, e quem compra esse produto para fabricar a malha também precisa pagar. O processo produtivo não é privilegiado neste sistema", avaliou.

Ela cobra que os recursos arrecadados pelo governo possam ser revertidos transparentemente para os contribuintes. "A parte que cabe ao município é muito pequena. A maioria dos recursos e direcionada ao governo estadual e federal. É muito dinheiro e o consumidor tem o direito de saber para onde ele vai", destacou.

O presidente da Associação dos Economistas de Língua Portuguesa, Waldir Pereira Gomes, afirmou que toda essa quantidade de imposto reduz a renda disponível para a população e empresas. "O governo tem, historicamente, maior participação nas receitas. Cerca de 38% a 40% de tudo o que é produzido fica sob sua administração", informou.

O economista defende uma reforma tributária e fiscal para que os impostos sejam melhores aproveitados. "Acreditamos que de R$ 1 pago, R$ 0,50 se perdem na máquina pública", afirmou.


Fonte:Mogi News