domingo, 22 de julho de 2012

Maioria do eleitorado quer mais saúde e segurança




Policiais fazem ronda em Mogi: a questão de melhorar a segurança foi um dos pedidos com maior número entre os entrevistados / Foto Arquivo


Na semana passada, O Diário publicou uma pesquisa realizada com 50 membros da sociedade civil de Mogi das Cruzes sobre os desafios para o próximo prefeito que será eleito em outubro. O resultado mostrou que o mogiano estava preocupado com o crescimento desordenado e com o futuro da Cidade. Hoje, o jornal ouviu outras 50 pessoas nas ruas, trabalhadores, donas de casa, aposentados, enfim, gente que sente e vive o Município. O resultado foi diferente. A urgência, para elas, se encontra na melhoria de serviços básicos como atendimento médico, segurança, saneamento, além da implantação de mais creches.

Do total de entrevistados, 20% citaram que a próxima gestão municipal deve investir em saúde, ampliando a quantidade de postos nos bairros e contratando mais médicos. A grande reclamação dos mogianos é com relação à demora no agendamento de consultas. A professora Maria Aparecida Rocha, por exemplo, contou à reportagem que há mais de um ano tenta marcar um horário com um psicólogo da rede municipal e não consegue. “A Prefeitura diz que vai ligar para agendar e até agora nada. Esse setor da saúde precisa de muitas melhorias porque é prioritário. Também gostaria de ver postos 24 horas em todos os bairros, principalmente nos afastados”, comentou Maria.
Já a auxiliar de enfermagem, Carmem Irene pediu para que pediatras sejam colocados nos postos e não apenas no Pró-Criança. “Não adianta investir um dinheirão em Pró-Criança se a gente tem que se deslocar até o centro para que as crianças sejam atendidas. Muitas vezes elas estão com febre e não podem ficar saindo assim. Nos postos, não tem pediatra e isso é um descaso com a população”, reclamou a auxiliar.
Outros 20% dos ouvidos pelo jornal mencionaram a área da segurança como prioritária para o novo prefeito e a maioria ligou o medo que sentem ao andar nas ruas com o tráfico de drogas, crescente no Município na visão dessas pessoas.
Para o motorista Edson de Oliveira, o que falta é uma política social voltada para os usuários de entorpecentes. “Sem dúvida nenhuma o que Mogi precisa é de segurança. Outro dia eu mesmo vi uns meninos vendendo droga na porta de casa. Tem muito tráfico e ficamos assustados. O prefeito tem que fazer uma política social decente e trazer mais policiais para a Cidade porque tememos pelos nossos filhos que podem se perder nessa vida de violência”, alertou.
Já o eletricista Agmar Soares Pereira destacou a importância do monitoramento por câmeras para inibir o tráfico e consumo de drogas nos bairros. “Aqui em Mogi tem muito nóia. São aqueles moleques que ficam vendendo drogas nos bairros e isso assusta bastante porque não dá uma sensação de que estamos em segurança. Precisamos de mais policiamento e de um trabalho voltado para essa história da droga porque dá medo. Também acho que as câmeras devem ser instaladas nos bairros”, salientou.
Um desafio bastante indicado pelos entrevistados é a necessidade de investimentos em saneamento básico, principalmente na implantação de redes coletores de esgoto – problema citado por 8% dos mogianos ouvidos.
Entre as mulheres, a necessidade de creches ainda é bastante lembrada, sendo que 6% pediram esses equipamentos para a Cidade com a alegação de que as mães e pais não têm onde deixar seus filhos para irem trabalhar.
A oferta de empregos e qualificação profissional, assim como melhorias no transporte público, pavimentação e manutenção de ruas e calçadas também foram indicados como desafios para o próximo prefeito por 6% dos entrevistados. Outras ideias como manutenção de praças, oficinas esportivas, atividades de lazer e contenção de vazamentos ainda foram levantados na pesquisa. (Sabrina Pacca)

Fonte:O Diário de Mogi