quinta-feira, 17 de maio de 2012

Terminou em pizza Pedidos de cassação são arquivados


Pedro Komura foi acusado de manter um funcionário fantasma e Emília Rodrigues de quebra de decoro parlamentar
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Marcelo Alvarenga/CMMC

Komura disse que nenhum assessor precisa ficar na Câmara, porque os problemas estão fora dela
Os vereadores de Mogi das Cruzes votaram a favor do arquivamento do pedido de cassação contra Pedro Komura (PSDB) e Emília Rossi Rodrigues (PTdoB). Komura era acusado de manter um funcionário fantasma no gabinete e Emília sofreu um processo por quebra de decoro parlamentar ao cobrar do governador Geraldo Alckmin, durante um evento oficial, que o Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías Rodrigues", que pertence ao seu marido, não fosse descredenciado do Sistema Único de Saúde (SUS). A parlamentar foi advertida com uma censura, uma notificação formal emitida pela mesa diretiva do Legislativo.


A abertura dos procedimentos foi colocada em votação durante a sessão de ontem, na Câmara Municipal. No caso envolvendo Komura, o placar foi 11 votos contrários ao posicionamento do Conselho de Ética, que emitiu parecer favorável ao pedido de cassação, e três a favor, justamente os membros do Conselho: Geraldo Tomaz Augusto (PMDB), o Geraldão, Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, e o presidente do grupo, Protássio Ribeiro Nogueira (PSD). Caso o parecer fosse aprovado, uma comissão seria formada e desta forma teria sido iniciado o processo de perda de mandato do tucano. "Nossa análise é técnica e queríamos dar o direito à defesa do vereador", justificou Nogueira.


Komura destacou que o assessor parlamentar acusado, o presidente da Associação Cultural de Mogi das Cruzes (Bunkyo), Kioji Nakayama, "é normal e tem documento". "Ele conhece a realidade da zona rural e fala muito bem a língua japonesa. Nenhum assessor precisa ficar na Câmara, porque os problemas dos mogianos estão lá fora", se defendeu. 
O pedido de cassação foi criticado. O presidente do Legislativo, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo, garantiu que em 2013 as regras para a abertura de um pedido de perda de mandato serão mais rigorosas. "O acusador também precisa ser responsabilizado caso faça uma denúncia infundada, como ocorreu com o Komura", ponderou.


Emília
A linha de defesa de Emília e de seu advogado, Laerte Silva, foi que a emissão de uma advertência não poderia estar inserida dentro de um processo de cassação. 
O posicionamento gerou uma ampla discussão. A sessão chegou a ser suspensa por 15 minutos. Quando os parlamentares voltaram, o parecer do Conselho de Ética, que sugeria o arquivamento do pedido de perda de mandato e a advertência, foi colocado em votação e o placar final foi de 12 votos a favor da censura e dois contrários (Vera Rainho, do PR, e Nabil Nahi Safiti, do PSD).


Fonte:Mogi News