quinta-feira, 24 de maio de 2012

Prefeitura barra entrada de caminhões no aterro Pajoan


Segundo a Cetesb, não há evidência de novo despejo de lixo; já a empreiteira critica postura da prefeitura
Bras Santos
De Itaquá
Mayara de Paula
Pajoan: Empreiteira critica a postura da prefeitura de poribir entrada de caminhões no local
A prefeitura de Itaquaquecetuba decidiu seguir uma determinação judicial e reforçou a fiscalização para impedir a entrada clandestina de caminhões carregados com terra e lixo no aterro interditado de Pajoan. Pela manhã, viaturas e agentes da Guarda Civil Municipal foram encaminhados pelo prefeito Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia, para monitorar as quatro entradas e saídas do depósito de lixo que é controlado pelos irmãos Carlos e José Augusto Cardoso. A ordem era para que nenhum caminhão entrasse ou saísse do aterro que foi interditado em abril do ano passado pela Justiça e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em razão de uma explosão que movimentou mais de 450 mil toneladas de lixo por dia.


Ontem a tarde, Armando convocou uma entrevista coletiva para dizer que o seu governo tomou a decisão de endurecer a fiscalização depois que moradores denunciaram (na terça-feira) a entrada de caminhões na área interditada.


"Estamos cumprindo uma determinação judicial que obrigou a prefeitura a fiscalizar e impedir a entrada e saída de caminhões do aterro", argumentou o prefeito referindo-se a sentença do dia 26 de abril desse ano, na qual o juiz Carlos Eduardo Xavier Brito, determinou que a Polícia Ambiental e a prefeitura intensificassem a fiscalização nas entradas do aterro.


Armando observou que até a movimentação de terra que a Pajoan estava fazendo em uma área anexa ao aterro interditado, não poderá mais ser feita. "Sobre a retirada de chorume, a Pajoan terá de resolver com a Cetesb."
O prefeito lembrou que apenas está cumprindo uma ordem da Justiça, quando foi informado sobre a iniciativa dos diretores da Pajoan de acionar a polícia para preservar seus direitos.


Posição da Pajoan
Através de sua assessoria de imprensa, a Pajoan informou que a Polícia Militar Ambiental foi acionada e lavrou registro de ocorrência, pois a ação de interdição da Prefeitura pode gerar risco ambiental para a localidade, visto que atividades essenciais internas estão interrompidas.


Por fim, a assessoria destacou que, em virtude da interdição, "a empresa não está efetuando a remoção do chorume".


Na avaliação da empreiteira, a medida da prefeitura foi abusiva porque a Justiça não tinha proibido a circulação dos caminhões que retiram o chorume do local.


Posição da Cetesb
Segundo a assessoria, técnicos da agência de Mogi foram até a Pajoan e constataram que a GCM aumentou a vigilância no local. "Não verificaram evidência de novo despejo de lixo.


Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira