quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Santa Casa Mamógrafo de hospital está quebrado


Pacientes que há cerca de dois meses já aguardavam pelo procedimento terão de esperar um pouco mais
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Hospital mogiano está sem o equipamento para que mulheres possam fazer exame. Provedor garante solução nos próximos dias
Pacientes da rede municipal de saúde estão com dificuldades para realizar um exame de mamografia. Há pelo menos uma semana, o aparelho até então utilizado para este tipo exame, necessário para prevenção e detecção de doenças e tumores na mama, instalado dentro da Santa Casa, está quebrado e sem prazo para voltar a funcionar.
Pacientes que há cerca de dois meses aguardavam pelo procedimento estão sendo remarcadas e obrigadas a aguardar mais 20 dias para fazer o exame, quando o aparelho do mesmo tipo na cidade, mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), está em pleno funcionamento no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo.


Para pacientes como Jacilene Gomes Heiderick, de 60 anos, que precisa realizar o exame uma vez por ano, como rotina para prevenção e manutenção da saúde, o prazo é considerado "razoável". "Quem esperou dois meses pode aguardar um pouco mais", conformou-se ela, que tem um pequeno nódulo embaixo do braço direito e próximo à mama. O pedido de exame da Secretaria Municipal de Saúde foi emitido em dezembro do ano passado. 
Já para outras mulheres, como a auxiliar administrativa Maria Prudência Ribeiro de Brito, de 50, que há cerca de dois anos foi diagnosticada com um câncer na mama esquerda, e que por conta do tratamento precisa realizar exames com frequência, a preocupação é um pouco maior. "Esperar a gente espera, só doença que não. Afinal, doença é diferente, não dá para prever ou adiar. Pode levar anos, meses, mas também dias para evoluir", diz Maria. 
Com exame marcado para hoje à tarde, ela tomou ciência da quebra do mamógrafo na Santa Casa somente ontem, mas não foi pela Secretaria Municipal de Saúde. "Uma amiga minha que tinha exame marcado comentou que remarcaram a mamografia dela para a semana do dia 6 de março porque uma peça no aparelho não havia chegado. 
Achei estranho e um descaso com pacientes, já que me ligaram (Secretaria de Saúde) na semana passada para marcar meu exame para quinta-feira. Só não me falaram do aparelho estar quebrado", reclamou Maria Prudência, que recebeu solicitação médica para o exame em dezembro do ano passado. 


Outro lado
O provedor da Santa Casa, Mário Calderaro, confirmou o problema, segundo ele, causado pela "queima do digitalizador do mamógrafo". "É uma peça que faz a chamada impressão do exame além da identificação do paciente por código de barras", explicou. "É uma situação pontual que estará sendo resolvida até o fim da semana", garantiu Calderaro. O gasto médio para aquisição da peça é de R$ 90 mil. Um mamógrafo novo, por sua vez, custaria R$ 120 mil. 
O secretário-adjunto da Saúde, Marcello Delascio Cusatis, reforçou que cerca de 150 pacientes, encaminhadas pelos postos de saúde, tiveram de ser remarcadas para fazer o procedimento. "É um número pequeno, se levado em consideração que o tempo de espera, antes do mamógrafo na Santa Casa, era maior. De qualquer forma, esse prazo de 15 a 20 dias para remarcação dos exames é para evitar acúmulo de pacientes no mesmo dia. Será estudada a possibilidade de abertura de novos horários para reduzir este prazo", afirmou. 
De acordo com o secretário, até maio deste ano deve entrar em funcionamento o mamógrafo da Unidade Clínica Ambulatorial (Unica) e que deve diminuir o tempo de espera pelo exame de 60 para 30 dias.


Fonte:Mogi News