segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Chalita aposta em palanque eletrônico na campanha de 2012

Alex Silva/AE
Pré-candidato do PMDB defende uma dobradinha entre o partido e o DEM para a disputa pela Prefeitura de São Paulo
Daiene Cardoso e Gustavo Uribe, da Agência Estado
Sem um grande recall eleitoral, e sem contar com o aval de um padrinho político de peso, o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) aposta suas fichas no palanque eletrônico para viabilizar sua candidatura à sucessão da Prefeitura de São Paulo. Em entrevista à Agência Estado, o pré-candidato do PMDB afirma que estão "avançadas" as conversas com o DEM e defende uma dobradinha entre PMDB e DEM para a disputa municipal. "Não está fechado ainda, mas a conversa vai bem." O peemedebista reconhece a importância do apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Ele pondera, contudo, que os eleitores de São Paulo não votarão em um candidato apenas pela indicação de um padrinho político.


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"A partir do momento que começa o processo eleitoral, aí é com o candidato", afirmou. "Eu acho que as pessoas não vão votar em alguém porque alguém pediu, mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por mais que alguém tente passar o seu prestígio para outro, se não houver identificação com o eleitor, não adianta", acrescenta. O peemedebista antecipa que a principal marca eleitoral de sua campanha será a "humanização de São Paulo" e concorda com a avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, nas últimas semanas, lançou o slogan "yes, we care". "As pessoas estão um pouco incomodadas com a falta do cuidar da cidade de São Paulo. Nós queremos visitar cada bairro de São Paulo para identificar qual é o maior problema e qual é a possibilidade de solução", afirmou.


"Para ter uma mudança na cidade de São Paulo, o prefeito tem que entrar sabendo o que fazer e começar trabalhando desde o primeiro dia", emendou. O pré-candidato do PMDB informou que o programa de governo de sua campanha eleitoral "ainda está em construção" e que a sigla vem dialogando com partidos como o PC do B, PDT, PSC, DEM, PP e PR. "E com o DEM está avançada a conversa, nós já tivemos diversas conversas com o presidente nacional do DEM, José Agripino, e com o presidente municipal do DEM, Alexandre de Moraes." Ele informou ainda que, no atual cenário, o PMDB não deve empreender um voo solo em 2014, nas eleições à sucessão presidencial. "A tendência é manter a aliança com o PT e ter Dilma Rousseff como candidata."


Fonte:Estado de S.Paulo