segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Faxina” no Esporte afeta PC do B


Para o governo, Alcino está desvinculado do esquema montado no ministério e Aldo Rebelo já foi avisado que, se quiser, poderá mantê-lo. Alcino foi quem assinou um convênio de R$ 6,2 milhões, em dezembro de 2010, com um sindicato de cartolas para um projeto de cadastramento de torcedores que não sai do lugar.


A reportagem publicou reportagem, em agosto, em que o presidente do Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol), Mustafá Contursi, admitia que a entidade não tinha estrutura para tocar o convênio.


O caso mais emblemático para Aldo resolver será o de Wadson Ribeiro, ex-presidente da UNE e hoje secretário de Esporte Educacional, setor que cuida do programa "Segundo Tempo", foco de irregularidades e desvios de verba.


Ribeiro é também membro da direção nacional do PC do B e pré-candidato à Prefeitura de Juiz de Fora. Wadson foi secretário executivo do ministério na gestão passada e assinou boa parte dos convênios suspeitos, entre eles um que beneficiou uma entidade de sua cidade com repasses de mais de R$ 9 milhões.


A demissão do secretário de Esporte Educacional agora enfraqueceria o PC do B em Minas, na avaliação de dirigentes da sigla. O PC do B gostaria que Wadson saísse somente em 2012 do Ministério do Esporte para disputar a eleição.


Outro nome da pasta que está na berlinda e é protegido do partido é o chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, Antônio Fernando Máximo. Secretário regional de Ação Institucional e Políticas Públicas do partido, o nome dele foi envolvido nos escândalos de corrupção do Esporte pelo fato de uma empresa com a qual tem ligações ter sido favorecida com recursos da pasta. Aldo quer demiti-lo.


Para diminuir o desgaste com o PC do B mineiro, porém, gostaria de manter Ana Maria Prestes Rabelo, neta de Luiz Carlos Prestes e assessora internacional do ministério.


O PC do B do Paraná rejeita o nome de Ricardo Gomyde numa lista de degola pós-escândalo. Ex-dirigente da UNE, Gomyde é assessor especial do gabinete do ministro do Esporte e vice-presidente regional do partido. Gomyde chegou ao ministério após brigar com o ex-governador do Paraná e hoje senador, Roberto Requião (PMDB), que o demitiu da Secretaria de Esportes.


Dirigente do PC do B no Rio de Janeiro, Ricardo Cappeli é outro que tenta se segurar no ministério. Assim como Aldo Rebelo, Orlando Silva e Wadson Ribeiro, ele já foi presidente da UNE. Hoje dirige o programa da Lei de Incentivo ao Esporte como trampolim para as eleições de 2012.


Cappeli já teve seu nome envolvido em irregularidades no programa "Segundo Tempo" quando foi candidato a vereador em 2008.


Fonte:O Diário de Mogi