domingo, 18 de setembro de 2011

Leilão de áreas ociosas na cidade custeará hospital em Brás Cubas

Matéria publicada em 17/09/11
Indústria
Estimativa do secretário Marcos Damásio é de arrecadar ao menos R$ 8 milhões com a venda dos terrenos
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Placo pretende ampliar a produção. Ontem, empresa devolveu à Prefeitura parte do terreno que tinha, mas não estava utilizando
Até dezembro deste ano, a Prefeitura realizará um grande leilão de áreas ociosas na cidade, que devem ser ocupadas por indústrias, o que, consequentemente, estimularia a oferta de empregos e a economia do município. A modalidade, inédita numa administração municipal, tem por objetivo evitar futuros problemas de doação dos terrenos que não são utilizados pelas indústrias, causando prejuízos na economia e no mercado de trabalho da cidade. O dinheiro arrecadado, segundo garantiu o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM), será utilizado para a construção do Hospital "Waldemar Costa Filho", em obras no distrito de Brás Cubas. Uma comissão formada por três funcionários da Prefeitura faz análise do custo do terreno para estabelecer o lance mínimo para o leilão. 
Entretanto, o secretário municipal de Desenvolvimento, Marcos Damásio, estima que, com a venda dos terrenos, a Prefeitura arrecade ao menos R$ 8 milhões, sendo que só R$ 5 milhões pela venda do terreno que pertencia à Placo do Brasil. "Tudo vai depender, é claro, do interesse das empresas em investir esse dinheiro todo na cidade. Mas se levarmos em consideração nossa lista de 70 empresários interessados em se instalar em Mogi, aí será um sucesso", comentou Damásio. 
Ontem, o prefeito mogiano deu um importante passo para a realização do leilão. Ele recebeu do diretor da Placo do Brasil, Sandro Luiz Magilieri, a escritura da área de 15 mil metros quadrados - parte do terreno total de 95 mil metros, onde a empresa de drywall (material utilizado para construção civil) está instalada, no distrito de Brás Cubas. A formalidade é resultado do programa de reversão de áreas, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento desde o ano passado. Foram 12 meses de negociações, inclusive com a direção geral do Grupo Saint Globan, ao qual pertence a Placo, que mantinha o espaço ocioso, mesmo com o setor da construção civil em plena expansão. 
Na próxima semana, um projeto de lei deve ser encaminhado à Câmara Municipal pedindo autorização para alienação dos 15 mil m² que pertenciam à Placo, e, consequentemente, o leilão, além de outras três áreas (uma na Vila São Francisco e duas em César de Souza), também revertidas à administração municipal. 
"Independentemente de ser valor x ou y, o importante é de que todo o dinheiro arrecadado com esse leilão será para a construção do hospital em Brás Cubas, uma das minhas principais obras em 2012", disse o prefeito.


Embora tenha "perdido" 15 mil m² da planta da Vila São Francisco, o diretor da Placo do Brasil, Sandro Luiz Magilieri, afirma que a produção de drywall da empresa em Mogi não será reduzida. "Pelo contrário. Estamos investindo em novas tecnologias e é provável que aumentemos ainda mais nossa produção entre 2011 e 2012. O mercado de construção civil está muito aquecido e drywall é muito requisitado", disse. Segundo Magilieri, desde 2009, a linha de produção apresenta crescimento de 20% ao ano. "O mercado de construção civil está tão aquecido que o crescimento é maior que o PIB", comentou. A projeção dele é de que até o fim deste ano a empresa atinja a marca de 17 milhões a 18 milhões de produtos, com o investimento de R$ 45 milhões em maquinário que realizou. Para 2012, a perspectiva é de aumentar a produção para até 22 milhões de placas de gesso. O faturamento anual da empresa, segundo Magilieri, gira em torno de 100 milhões.


Fonte:Mogi News