Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Marcelo Alvarenga/CMMC
Projeto de lei aprovado ontem na Câmara autoriza o aumento de R$ 120 mil em repasses concedios mensalmente à Santa Casa
Em uma reunião que durou dez minutos logo no início da sessão de ontem, os vereadores de Mogi das Cruzes analisaram o projeto que reajustou o valor da subvenção concedida mensalmente à Santa Casa de Misericórdia do município. Instantes depois, o texto era aprovado por unanimidade.
A velocidade para os pareceres das comissões permanentes da Câmara Municipal foi consequência da demora da Prefeitura de Mogi em enviar a proposta. O texto chegou ao Legislativo na manhã de ontem e os parlamentares tiveram menos de seis horas para analisá-lo.
O atraso gerou novas reclamações, assim como ocorreu na sessão de terça-feira. O presidente da Câmara, Mauro Araújo (sem partido), classificou a demora como "um ato de desprestígio". "Fizemos todo esse esforço apenas porque se tratava de um assunto importante para cidade, caso contrário a análise seria feita no trâmite normal", ameaçou. "A Prefeitura analisa o reajuste em dois meses e por que a Câmara tem de fazer tudo em poucas horas?", questionou Araújo.
Presidente da Comissão de Redação e Justiça, Jean Carlos Soares Lopes (PC do B) reclamou que todos os projetos enviados pelo Executivo chegam em caráter de urgência. "Em muitos casos não temos tempo para fazer as correções necessárias e, com isso, ficamos sujeitos a erros", afirmou.
Jolindo Rennó Costa (PSDB) destacou que "a atitude da administração municipal causa um desconforto". Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), médico da Santa Casa, afirmou que a renovação do convênio ocorre todo ano e "a Prefeitura precisa cumprir a obrigação, uma vez que o hospital presta serviço à administração municipal".
Dificuldades
Caso não fosse votada ontem, última sessão antes do recesso, o hospital teria dificuldades para pagar no começo de agosto os funcionários que trabalham no Pronto Socorro (PS). O aumento vai possibilitar que a Santa Casa receba R$ 690 mil por mês, R$ 120 mil a mais que o antigo convênio.
O reajuste, necessário para arcar o aumento no valor dos honorários dos médicos e o acordo coletivo dos outros funcionários, está dois meses atrasado.
Para arcar com os salários dos profissionais em junho e julho, a administração do hospital utilizou parte do repasse feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem a ampliação no subsídio, a Santa Casa acumulou uma defasagem de R$ 240 mil.
Fonte:Mogi News
