domingo, 24 de julho de 2011

Destino do Lixo Explosão de aterro completa 90 dias e nada foi resolvido

Até agora, nada foi decidido sobre o destino final de quase 700 mil toneladas diárias de lixo
Natália Ramos
Da Redação
Maurício Sumiya

Amanhã completa 90 dias da explosão do aterro da Pajoan
A explosão de 450 mil toneladas de lixo no aterro sanitário da Empreiteira Pajoan, em Itaquaquecetuba, completa 90 dias amanhã. O incidente anunciado ocorreu no dia 25 de abril e, desde então, nenhuma solução definitiva foi apresentada para o destino final de quase 700 mil toneladas diárias de resíduos produzidos no Alto Tietê.


A Pajoan recebia o lixo de oito cidades da região por meio de uma série de licenças precárias autorizadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A última liberava o funcionamento do aterro até junho de 2012. Com a explosão, o Estado encerrou as atividades do depósito, sob multa de R$ 174 mil. Com exceção de Ferraz e Poá, que estão levando o lixo para o Centro de Disposição de Resíduos (CDR) Pedreira, na capital, as demais cidades da região passaram a transportar os detritos para o Anaconda Ambiental Empreendimentos, em Santa Isabel.


Fonte:Mogi News


A situação fez com que uma série de discussões fosse realizada pela Câmara de Itaquá, pela Frente Parlamentar do Alto Tietê e pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat). O fato é que o tempo passou e nada foi resolvido nas inúmeras reuniões e visitas aos moradores dos bairros afetados pela explosão. Até uma consultora do Ministério do Meio Ambiente foi levada a Itaquá por deputados do Partido dos Trabalhadores para apontar soluções. Porém, ela não conhecia os detalhes da tragédia.


Amanhã também venceria o prazo solicitado pelo ex-representante dos proprietários da Pajoan, os irmãos Carlos e José Cardoso, o advogado Horácio Peralta, que abandonou o problema em meio à crise. O tempo foi solicitado ao Estado para limpar a estrada do Ribeira, interditada pelo lixo da explosão, e o chorume. A empresa ganhou nesta semana mais oito meses para solucionar o problema.


Entre os crimes contra o meio ambiente causados pela explosão seguida de deslizamento de lixo, a companhia ambiental constatou que a Pajoan foi culpada pela morte de peixes do rio Parateí. O mau cheiro acometeu a população dos Jardins Lucinda, Nova Louzada e Pinheirinho. Peralta visitou os bairros e aconselhou que as pessoas procurassem a Justiça.


Fonte:Mogi News