domingo, 12 de junho de 2011

Festa do Divino: A fé e a emoção tomam conta dos devotos na Entrada dos Palmitos

Cortejo é marcado pela diversidade: curiosos, ex-festeiros, grupos folclóricos e autoridades saíram às ruas ontem
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Mesmo com o frio e a forte neblina da manhã de ontem, 40 mil pessoas saíram de casa para assistir à Entrada dos Palmitos da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi, segundo balanço da Polícia Militar e da comissão organizadora. O cortejo passou pelas principais ruas do centro, representando a chegada dos povos antigos à cidade para participar da Procissão de Pentecostes, segundo os religiosos. A procissão será realizada hoje, às 16 horas. Um acidente envolvendo um cavalo que estava desfilando deixou seis pessoas feridas. (Leia mais nesta página)
A Entrada dos Palmitos foi assistida por devotos e curiosos, inclusive de outras regiões do país, e o cortejo reuniu cerca de 2 mil pessoas, entre fieis, ex-festeiros, autoridades, religiosos, cavaleiros, grupos folclóricos, alunos de escolas públicas e particulares e jovens das catequeses das paróquias. A concentração começou às 9 horas, em frente à Capela de Santa Cruz, na rua Ricardo Vilela. Às 9h30, os grupos de congada e marujada saíram em cortejo pelas ruas enfeitadas com galhos de Palmeira. A dona de casa Rita Campos de Moura é a rainha da congada Divino Rosário, que abriu a procissão. Este é o terceiro ano que ela participa e a sua emoção só aumenta. "A festa é linda, sempre nos emocionamos muito, ainda mais abrindo o cortejo. É uma sensação indescritível", disse.


Milhares de pessoas registraram a procissão com celulares e câmeras portáteis. Além de católicos, a Festa do Divino provou que de tão tradicional, a participação é ecumênica. A prova disso é a história da dona de casa Fernanda Samara, de 39 anos. Umbandista, ela acompanha todos os anos a festa, e chora ao ver os grupos de congada. "Eu choro porque vejo as crianças participando também e acho que isso é muito importante porque não deixará a história morrer", contou. O desfile terminou por volta das 11h50, quando os últimos cavaleiros passaram em frente à Catedral de Santana. 
O comandante do 17º Batalhão, tenente-coronel José Francisco Braga, destacou que 73 policiais acompanharam a procissão à pé, fazendo a segurança do público e dos participantes. A Polícia Militar fez uma homenagem à festa, sobrevoando com o helicóptero Águia o perímetro de cortejo. 
O prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) e sua esposa e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Mara Bertaiolli, também participaram da procissão. "A festa é muito importante para Mogi e serve de modelo para outras cidades", disse.


O festeiro Antônio Lúcio de Lima falou sobre a sensação de dever cumprido na reta final da festa. "Eu imaginava que seria festeiro daqui a 15 anos. Tive sorte de ser escolhido agora. Talvez eu nem estivesse pronto, mas foi uma experiência incrível". As orações feitas durante visitas aos enfermos nos hospitais da cidade foram os pontos que mais emocionaram o festeiro.


Fonte:Mogi News