domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos Namorados: Situações inusitadas unem casais

Histórias curiosas mostram que muitos apaixonados acabam se encontrando nos lugares mais improváveis
Katia Guimarães
Da Reportagem Local
Arquivo Pessoal

De países diferentes, Juliana e Esteban se conheceram numa micareta e acharam que nunca mais se encontrariam, mas, dois anos depois, já estavam casados
A maioria das pessoas que estão à procura de um grande amor vai a lugares com maior probabilidade de esse encontro acontecer, mas grandes histórias também são construídas em ambientes inusitados e situações e locais pouco românticos. Foi o que aconteceu com a farmacêutica Juliana Rocha Higa, de 32 anos. Ela foi a uma micareta e, como a maioria, a intenção era apenas se divertir, mas acabou conhecendo o homem que se tornaria o seu marido.


Esteban González de Blas, 36, um espanhol que estava no Brasil - pela primeira vez - a trabalho e resolveu conhecer a tal micareta brasileira, acabou cruzando o caminho de Juliana, que, estudando espanhol, ficou encantada com o sotaque do engenheiro. "Por algum motivo, eu sempre tive vontade de conhecer a Espanha e adorava o idioma, por isso o estudava, mas nunca imaginei que conheceria um espanhol numa micareta e que me apaixonaria e me casaria com ele.


Esteban, surpreso por encontrar alguém que entendesse o seu idioma, engatou um longo papo com a farmacêutica. Ao final do show, eles trocaram telefones, mas Juliana não esperava receber a ligação de Esteban. "Nessas festas, as pessoas ficam com outras, mas não lembram nem o nome no dia seguinte (risos)".


O engenheiro voltou para Barcelona no dia seguinte (9 de outubro de 2006), mas ligou para Juliana do aeroporto. Desde então, eles nunca mais passaram um só dia sem se falar. Eles trocaram contatos de e-mail, MSN e Skype e começaram a namorar à distância. "Acabamos namorando cada um em seu país por dois anos". 
A distância só acabou no dia 27 de dezembro de 2008, quando eles se casaram. No mês seguinte, ela se mudou para Barcelona. "Repetimos a cerimônia na Espanha em julho de 2009".


A história de Juliana e Esteban faz sucesso entre os amigos do casal, que provou que uma grande história de amor pode começar em lugares considerados improváveis para isso. O jornalista Cleber Lazo, 27, e a analista de Recursos Humanos Michele Araújo Batista, 27, engrossam a lista de casais beneficiados pelo acaso.


Também no ano de 2006, Lazo era cobrador de ônibus e, cansado da rotina de acordar às 3h30 e dormir à meia-noite, mal conseguia prestar atenção nas pessoas que passavam por ele na catraca diariamente. Mas uma delas não passou despercebida. "Como o ônibus estava lotado, assim que ela passou, me pediu para abrir a janela. Tímido, tentei aproveitar essa oportunidade para iniciar uma conversa. Quando fui dar o troco, que naquela época era em fichas de papel, coloquei o número do meu telefone no verso".


Lazo a perdeu de vista por três meses, quando Michele finalmente ligou. Eles passaram a combinar o horário do ônibus para se encontrarem. "Eu ficava até menos cansado quando ia conversando com ela na viagem", derreteu-se Lazo, que depois do trabalho como cobrador encarava a faculdade de Jornalismo e dormia pouco mais de 3 horas por noite.


Depois de um tempo, Michele voltou a sumir, mas ele a reencontrou casualmente na rua, voltando do trabalho. O convite para tomar um sorvete foi o início do que se transformaria no namoro de mais de cinco anos. "Eu só tinha o troco do ônibus, que os cobradores sempre tinham no bolso para o início das viagens. Juntei moeda por moeda e paguei o sorvete para ela".


Os dois venceram juntos as dificuldades. Ela, que era caixa de supermercado, se tornou analista de RH e há dois anos abriu uma sorveteria em Ferraz de Vasconcelos. Ele deixou o ritmo frenético da profissão de cobrador e hoje é um dos jornalistas do MN.


No próximo ano, Lazo e Michele devem seguir os passos de Juliana e Esteban. "Pretendemos nos casar no fim de 2012".


Fonte:MogiNews