sexta-feira, 8 de abril de 2011

O diretor interino do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae)

Diretor interino suspende licitação

MARA FLÔRES
O diretor interino do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Melo, suspendeu a licitação que estava em trâmite para a compra de diversos materiais para segurança individual dos servidores. A medida é mais um reflexo da investigação desencadeada nesta semana na autarquia e que culminou com o afastamento de dois funcionários que ocupavam cargo de chefia, assim como a demissão do ex-diretor geral, Edílson Mota de Oliveira. Tanto o Ministério Público de Mogi, como duas sindicâncias internas abertas no Semae, apuram uma denúncia de desvio de valores justamente no Almoxarifado e que envolvem a entrega de insumos em quantidade inferior ao pago pela autarquia.
De acordo com o apurado pela reportagem de O Diário, o novo diretor está reavaliando cada um dos processos de compra que se encontra em aberto no Semae. E todos aqueles que julgar que merece uma análise mais aprofundada, será suspenso para que isso seja feito. Não foi divulgado o número de licitações que poderão ser suspensas.
No caso, o decreto que oficializa a primeira suspensão da compra dos equipamentos de segurança no Semae, publicado ontem, diz que a interrupção se dará por prazo indeterminado, "para que sejam procedidas pelo setor competente as adequações que forem necessárias". Além disso, o decreto informa que futuramente será publicada uma nova data para abertura do pregão, com a disponibilização de um edital retificado.
À frente do Semae desde a última quarta-feira, cabe a Marcus Melo garantir a continuidade das ações operacional e financeira da autarquia, porém, conciliando tudo com as investigações que estão sendo feitas pelo Ministério Público e pelo próprio Semae, por meio de duas sindicâncias internas. Paralelamente a isso, o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) incumbiu seu fiel escudeiro de promover uma "varredura" em todos os processos de compra em andamento.
O Ministério Público, em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda, ainda está analisando os inúmeros documentos que foram apreendidos no Almoxarifado do Semae após uma denúncia anônima. Dessa análise dependerá os desdobramentos que o caso terá, inclusive com a investigação de funcionários envolvidos e empresas.
As sindicâncias internas visam a mesma coisa e devem ser concluídas no prazo máximo de 30 dias, embora o prefeito tenha solicitado agilidade no caso. Os dois funcionários que tinham ligação direta com o processo de compras do Semae estão afastados e o futuro profissional deles dependerá do que as sindicâncias apurarem.
De acordo com informações preliminares divulgadas pelo prefeito, a investigação envolve uma empresa de Suzano, que era fornecedora de materiais diversos para o Semae e que vinha entregando quantidades a quem do que o solicitado e pago.

Fonte:O Diário de Mogi