quarta-feira, 20 de abril de 2011

Estrago geral

Werther Santana/AE


Estrago geral
A rebelião que tirou seis vereadores paulistanos do PSDB e os repassou ao PSD mostra a tendência de que o novo partido, arquitetado por Gilberto Kassab, além de arrebentar as pernas do DEM, já significa um enorme baque para o PSDB de Geraldo Alckmin, que pode ver seus quadros esvaziados Estado adentro, inclusive em Mogi.


Rota de fuga
O PSD já se configura como rota de fuga para políticos insatisfeitos das mais diversas agremiações. Em Mogi, além de filiados de proa vindos do DEM, como o prefeito Marco Bertaiolli, o deputado federal Junji Abe e os vereadores Pastor Carlos Evaristo, Nabil Safiti e Protássio Nogueira, o novo partido ainda pode ter Olimpio Tomiyama e, até o apagar das luzes do prazo para filiações, tem chances de agregar Mauro Araújo, hoje de casamento marcado com o PMDB, mas que, se houver um aceno de Bertaiolli, terá tudo para alterar o itinerário partidário.




Quem fica?
No PSDB mogiano, além da iminente saída de Mauro Araújo, há a possibilidade de a preocupação de Jolindo Rennó Costa em relação às dificuldades eleitorais do tucanato se transformar em saída do mineiro rumo ao PSD. Restaria somente Pedro Komura, o sempre leal amigo do vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira.




Firme e forte
Outro vereador que, em tese, poderia migrar para o PSD seria Osvaldo do Mercado Real, desalinhado politicamente do deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira, o principal nome do PPS. Mas o fato de estar sozinho no PPS, legenda que garantiu a ele o mandato em 2008, com míseros 1.100 votos, pode pesar em sua permanência, em nome de uma reeleição segura.




Reminiscências
A consolidação do PSD na cidade deve repetir um antigo quadro de hegemonia de dois partidos na Câmara, perdidas ao longo das últimas três décadas. Em 1982, dos 17 vereadores, nove eram do PMDB e oito do extinto PDS.




Poder de veto
Assim, confirmadas as previsões de bancada do presidente do PR, Marcos Damásio, da eleição fácil de sete a nove vereadores republicanos, somada a força do PSD, partido do prefeito e do deputado Junji, com, pelo menos seis cadeiras, restarão alguns postos a serem disputados a tapa por PT, PPS, PCdoB, PSB, PDT, PTB e alguma surpresa de última hora.




PTB na Prefeitura
O Partido Trabalhista Brasileiro vai lançar candidato a prefeito em Mogi. É o que garante seu articulador na cidade, o ex-chefe de Gabinete João Gilberto Moro, que anuncia o milagre, mas não revela o santo que seria o nome que disputaria a Prefeitura pelo PTB. A intenção teria o aval e o incentivo do grande "capo" da legenda no Estado, Campos Machado.
Divulgação


Olho no lance
Moro não admite publicamente, mas, segundo informações, estaria de olho no espólio e no tempo de TV do DEM, partido do qual foi presidente até 2008. Com livre trânsito nas Executivas Estadual e Federal do Democratas, o estrategista político, que foi assessor de ponta de Maurício Najar, nos anos 80 e 90, e de Junji, nos anos 2000, Moro pode voltar por cima, com os novos "demos" sob seu experiente comando. Com PTB e DEM nas mãos, somados os tempos de TV, Moro teria considerável cacife político.


Sumiu!
O desaparecimento de um cidadão que até algumas semanas atrás era muito influente num órgão público essencial está dando na vista. Por que ele teria sumido sem deixar rastro? Seria para salvar a própria pele ou para não deixar rastros em direção a outras pessoas tidas como insuspeitas?
Amilson Ribeiro


"Waltão" export
O jornalista Walter Rodrigues, que atuou no rádio e na Imprensa escrita durante décadas e hoje apresenta o programa "Sala de Visitas", no canal NET Cidade, foi homenageado pelo jornalista Geraldo Soller, no jornal O Imparcial, de Presidente Prudente, terra natal de Rodrigues. Sua vida em Prudente, referências à família e aos tempos de juventude do chamado "Waltão" foram ressaltados com destaque.


Pulga no cangote
O artigo publicado na coluna Tribuna, na edição do último domingo, de autoria do historiador Mário Sérgio de Moraes, intitulado "Telefônica", colocou uma pulga atrás do orelhão da empresa que explora os serviços de telefonia fixa no Estado.




Procure-se o Nestor
Ontem, dirigentes da Telefônica ligaram para o Mogi News para pedir o contato de Moraes e de "o tal de Nestor", citado pelo colunista como um amigo dele, vítima dos desserviços da empresa. Sem sobrenome, Nestor é um personagem encarnado no artigo para denunciar o descaso privado em relação ao consumidor, o que inclui todos nós e o próprio Moraes.

Fonte:Mogi News