terça-feira, 5 de abril de 2011

Advogado condena demora do júri popular

Advogado condena demora do júri popular
Paulo Passos, que defende as vítimas, tentará sensibilizar o juiz a manter a data para o próximo dia 3, mas reconhece que chances são mínimas
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho


O advogado Paulo Passos, que defende os jovens mogianos atacados por três skinheads em 2003, entrou ontem com um ofício pedindo que a data do julgamento, marcada até então para o próximo dia 3, não seja alterada para maio de 2012, conforme havia adiantado o Mogi News. No entanto, ele acredita que as chances de obter êxito no pedido são pequenas, uma vez que a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foi tomada em função do artigo 429, parágrafos 1, 2 e 3 do Código de Processo Penal (CPP), que determina que sejam julgados com prioridade os casos para os quais os réus estejam presos.
O objetivo do advogado é tentar sensibilizar o juiz Alberto Alonso, responsável pelo caso. "Vou tomar essa providência mesmo não tendo o que fazer de ordem legal. Quero sensibilizar o magistrado, levar ao conhecimento a gravidade do caso. O objetivo é mostrar o inconformismo e dizer claramente que a comunidade não aguenta mais esperar. Há uma sensação grande de impunidade para a comunidade", afirmou. "Vou também fazer uma informação à presidência e à corregedoria do Tribunal de Justiça para que saibam o que está acontecendo neste caso e que tomem as providências necessárias para que se realize o julgamento", concluiu.

Juliano Aparecido de Freitas, o Dumbão, e Vinícius Parizzato são dois dos três skinheads acusados de obrigar os mogianos Flávio Augusto do Nascimento e Cleiton da Silva Leite a pular de um trem em movimento na estação Brás Cubas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 2003. Ainda não há previsão para o julgamento do terceiro acusado. Esta é a quarta vez que o júri é adiado.
Segundo informações da Assessoria de Imprensa do TJ, os julgamentos de Dumbão e Capeta vão ser realizados nos dias 25 e 15 de maio do próximo ano, respectivamente. Este é o quarto adiamento na data. Três deles em um ano. O crime cometido ocorreu há sete anos, na noite de 7 de dezembro. Nenhum dos acusados está preso e, de acordo com o TJ-SP, o processo do terceiro skinhead, Danilo Gimenez Ramos, está em fase de recurso e, por isso, ainda não tem data para julgamento.

Fonte:Mogi News