domingo, 20 de março de 2011

Autoridades prometem campanha

Autoridades prometem campanha
Políticos e sociedade civil vão começar movimento para impedir medida do Estado que deverá fechar plantões
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Gondim: Sem condições
Não caiu bem em Mogi das Cruzes a notícia de que o governo estadual pretende fechar o 2º Distrito Policial aos fins de semana e durante a noite, a partir de 1º de abril. Políticos da cidade já começam a se mover buscando reuniões com o delegado seccional João Roque Américo e com o secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, a fim de evitar que a delegacia com maior movimento na cidade fique sem plantão fora do horário comercial.
A medida pretendida pela secretaria é justificada pela falta de delegados no Alto Tietê. Com isso, todas as ocorrências que tenham que ser registradas à noite ou em finais de semana por moradores de diversas regiões da cidade vão passar a ser de responsabilidade do 1º DP, no Parque Monte Líbano.

Conforme divulgou ontem o Mogi News, a decisão foi informada pelo delegado seccional ao presidente da Câmara Municipal, Mauro Araújo (PSDB), durante uma reunião na manhã sexta-feira última. Para o presidente da Comissão de Transportes e Segurança Pública da Casa de Leis, Expedito Ubiratan Tobias (PR), ações contrárias ao fechamento da delegacia devem ser tomadas urgentemente.
"Isso mostra a decadência do Estado em relação à Polícia Civil. Resultado disso é que as pessoas não vão registrar os boletins de ocorrências e deverão esperar para o dia seguinte. Vou me reunir com os demais vereadores e iremos pedir uma reunião emergencial com o secretário da Segurança Pública para tentar impedir isso", disse.

O encontro com o chefe da pasta estadual também vai ser solicitada pelo deputado estadual Luis Carlos Gondim (PPS), que antes pretende se reunir com o seccional de Mogi. "Não tem condições da população da cidade ficar sem o 2º DP. É necessário resolver isso. Vou falar com o João Roque e pedir uma reunião para o mais rápido possível e depois vou tentar encontrar com o secretário porque a cidade não pode ficar sem a delegacia", disse.
Outro que também pode entrar na briga é o deputado estadual Estevam Galvão (DEM). "Tenho um encontro com o secretário de Segurança Pública na segunda-feira e se alguém, como o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) falar comigo, posso fazer algum tipo de interferência, até porque não estou sabendo disso", afirmou.

Para o presidente do Partido dos Trabalhadores, Clodoaldo de Moraes, a medida é um retrocesso. "São Paulo é o maior estado e a segunda maior receita do País e o Estado diz que está faltando delegado? Isso é um retrocesso, um atestado de burrice", disse.

Fonte:Mogi News