sábado, 6 de junho de 2020

novo protocolo: Modalidade de telemedicina passa por testes na pandemia

Distanciamento social obrigou médicos a prestarem atendimento remoto para não interromper tratamentos
Foto: Divulgação


Médico Rafu Junior faz atendimento remoto, mas ressalta importância do presencial
A pandemia do novo coronavírus vem mudando protocolos constantemente em diversas áreas da sociedade, desde as relações sociais, de trabalho e até procedimentos em saúde. O "novo normal' em que muitos especialistas acreditam que a sociedade estará submetida após a Covid-19 conta com uma ferramenta tecnológica que, bem aplicada, será uma forte aliada na manutenção da saúde pública, acelerando procedimentos e suprindo necessidades.
Um dos primeiros setores diretamente afetados pela pandemia foi o da Saúde, que encontrou na telemedicina a saída para preservar a segurança dos pacientes e profissionais, mantendo os atendimentos em todas as especialidades médicas. A ferramenta permite a realização de consultas online de maneira simples e prática e quando aprovada e regulamentada pode ser uma tendência para o futuro.
De acordo com o Portal Telemedicina, a modalidade é a união entre tecnologia e medicina e significa "medicina a distância", possibilitando que médicos atendam pacientes em clínicas e hospitais de qualquer lugar do mundo, inclusive em locais remotos.
O Ministério da Saúde autorizou em março deste ano a telemedicina no Brasil, focada principalmente no atendimento médico a distância para controle do coronavírus. Neste cenário, utilizar a telemedicina - prática até então não regulamentada no país - se transformou em uma solução para agilizar a triagem ou esclarecer dúvidas, inclusive sobre o coronavírus.
A auxiliar de enfermagem de Ferraz de Vasconcelos, Eliomar Balduin Gracia, de 66 anos, passou recentemente por uma consulta online, nos moldes da telemedicina. O motivo da consulta foi um problema que ela teve com pressão alta.
Após a consulta, Eliomar teve de comprar remédios para controle da pressão, entretanto, mais do que o atendimento, ficou a sensação de que a telemedicina será uma ferramenta válida num futuro próximo. "Achei muito boa e gostei muito da consulta online. O uso da telemedicina em tempos de pandemia é muito interessante. Acho que é uma tendência para o futuro", avaliou a auxiliar de enfermagem.
O responsável pelo atendimento remoto de Eliomar foi o médico Rafu Junior, que desenvolveu um projeto semelhante a telemedicina em Ferraz de Vasconcelos e vem atendendo pessoas todas as semanas de forma online. Segundo o médico ferrazense, que presta orientações para seus pacientes, o atendimento não presencial é uma tendência para o futuro, mas que precisa ser utilizada da forma correta, uma vez que o atendimento presencial continua sendo o método mais eficaz para o diagnóstico preciso.
"Nada substitui o atendimento presencial, mas neste momento de pandemia que estamos passando é muito útil para todos. Muitas pessoas estão gostando, a demanda não para de subir", afirmou  o especialista.
Redes hospitalares apoiam utilização da metodologia
Ao passo que a telemedicina vem sendo utilizada em maior escala principalmente durante a pandemia de coronavírus, as redes hospitalares programam o serviço em suas unidades. A estruturação da telemedicina na Rede de Hospitais São Camilo, com unidades em São Paulo, teve início em março, quando foi elaborado um projeto de implantação que contempla três modalidades:
Teleorientação, na qual os médicos realizam, a distância, a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento;
Telemonitoramento, em que pacientes podem ser monitorados a distância com supervisão ou orientação de um médico; e
Teleinterconsulta, na qual ocorre a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Segundo Erica Rabello Lopes da Costa, médica responsável pela implantação da telemedicina na rede, a principal vantagem da ferramenta é a facilidade no uso. "Utilizamos um aplicativo muito intuitivo, que se assemelha à videoconferência do WhatsApp, permitindo que pessoas de qualquer idade tenham acesso facilmente por meio do seu celular", explicou. (F.A.)

Fonte:Mogi News