sexta-feira, 14 de setembro de 2018

RECONHECIMENTO: Upa do Oropó é a primeira do Brasil a conquistar a certificação ONA I

5 horas atrás4 min. - Tempo de leitura

Natan Lira
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Cusatis e Melo mostram a certificação ONA II – Acreditado Pleno observados por Péricles Cruz. (Foto: Elton Ishikawa)
Após receber a certificação Organização Nacional de Acreditação (ONA) II – Acreditado Pleno ontem, a Unidade de Pronto Atendimento do Oropó já planeja a busca pelo nível III. O selo de qualidade entregue em evento realizado no Teatro Vasques representa uma conquista em nível nacional e inédita entre as UPAs do Brasil e garante que a unidade de saúde, além de atender aos critérios de segurança, apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluída e plena comunicação entre as atividades.

O médico Péricles Cruz, um dos fundadores da ONA, lembrou durante o evento de entrega da certificação, que a conquista vem também da avaliação não apenas da estrutura da unidade, mas também do relacionamentos entre os funcionários e com os pacientes. “O nosso papel é reconhecer o que está por trás das paredes e ver se as necessidades dos pacientes estão sendo atendidas. Esta certificação de Mogi prova que é possível ter qualidade na saúde pelo SUS”, pontuou.

O secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, o Téo, avaliou que certificação coloca a saúde de Mogi em um patamar de mais responsabilidade com o serviço prestado. “É o resultado de um trabalho e simboliza a cultura de buscar qualidade e respeito ao cidadão no acesso à saúde. Agora, a gente pode dizer que a busca é contínua. Conquistamos um padrão de qualidade que precisa ser mantido, então é um trabalho contínuo”, enfatizou o titular da pasta.

Além disso, ele disse que a UPA do Rodeio também está sendo cobrada a conseguir um selo de qualidade, inclusive foi realizada a substituição da unidade, a fim de se organizar administrativamente ao que é exigido pela ONA. “Hoje ela já presta um serviço de muita qualidade, só precisa fazer algumas adequações”, destacou.

O diretor executivo da Pró-Saúde em Mogi, Aguinaldo Correa, comentou sobre a certificação inédita no Brasil e disse que a intenção era entrar no nível ONA I, mas que o desempenho foi melhor que o esperado e foi conquistado o nível II. “A cada seis meses teremos uma avaliação para ver se estamos mantendo o nível. Podemos ficar por até dois anos em cada um desses patamares. Isso gerou um desafio para que na avaliação de seis meses, possamos verificar como já está a nossa evolução para, em seguida, continuarmos a busca pelo III”, pontuou.

Correa explicou ainda que no nível I é avaliada a segurança na assistência ao paciente. O diferencial para o II é a integração entre os serviços. “Um dos nossos grandes diferenciais foi envolver os outros equipamentos de saúde. Hoje, se o paciente chegar na nossa UPA e o médico definir o protocolo de atendimento, ele será atendido assim no Luzia, na Santa Casa e nos demais equipamentos”, destacou.

O prefeito Marcus Melo (PSDB) disse que a certificação vem para reconhecer a qualidade do trabalho prestado. “Isso demonstra que os procedimentos estão sendo seguidos de maneira adequada. É uma unidade que tem pouco mais de um ano e meio e já está neste patamar. Com certeza vamos cobrar a certificação também dos demais equipamentos para a saúde trabalhar por igual”, enfatizou o prefeito.

Anunciada a reforma de 10 unidades de saúde
Durante a certificação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó no ONA II, o secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, falou sobre a reforma de 10 unidades de saúde de Mogi. Ele explicou que a pasta apresentou ao prefeito Marcus Melo (PSDB) o projeto de reforma de 10 unidades que estão sendo muito utilizadas.

“O prefeito autorizou o projeto, mas elas começarão gradativamente. Acredito então que até a metade ou final do ano que vem, todas estejam reformadas e, em alguns casos, haverá ainda a ampliação, como a do Jardim Santa Tereza e Nova Jundiapeba”, destacou o secretário.

Na sessão da Câmara Municipal de anteontem, os vereadores falaram do problema enfrentado por alguns pacientes que precisam de transferência em Mogi, por conta da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross). O secretário comentou que a Central é um problema em todo o Estado de São Paulo.

“Mogi já tem uma rede instituída, entre Santa Casa, Luzia e a rede municipal. A intenção do Cross era oficializar estas vagas, só que existe um projeto de um Cross Regional, para nos entendermos na Região. Hoje nós temos paciente de São Bernardo internado na UTI do Hospital Municipal. Como que vamos saber a quantidade de vagas que precisamos se a central não respeita isso? Nós temos tratado isso com a Diretoria Regional de Saúde, então acredito que os próximos governos terão de dar mais atenção ao Cross”, destacou.

Fonte:O Diário de Mogi