quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Educação: Museu virtual vai funcionar no segundo semestre de 2019

Estrutura do casarão da rua Coronel Souza Franco está pronto, faltando agora a aquisição dos aparelhos virtuais
Foto: Junior Lago/PMMC


No mesmo evento, prefeito e secretários apresentaram o Arquivo Histórico
As instalações tecnológicas do Museu Virtual da Educação (Muve) de Mogi das Cruzes devem começar a operar no 2º semestre do ano que vem, segundo o secretário de Cultura, Mateus Sartori. A informação foi divulgada ontem durante a inauguração do Arquivo Histórico Municipal "Historiador Isaac Grinberg", localizado em um prédio na parte dos fundos do Casarão Neoclássico da rua Coronel Souza Franco, 917, centro.
Para que o projeto do Muve possa ser concretizado, resta a instalação dos aparatos tecnológicos, que estão em processo de aquisição pelo Fundo de Interesse Difuso (FID), órgão que envia o investimento para o complexo de memórias da cidade. "Quando falamos da parte de tecnologia, não é só a compra do computador, mas também de um projetor adequado, pois as salas são pequenas e precisam de uma grande lente angular. Nele ficarão as informações, as programações que serão feitas por um designer gráfico criando algo lúdico embasado nas pesquisas que serão feitas lá atrás (no Arquivo Histórico)", ressaltou Sartori.
Na sala principal do casarão, o projeto prevê a instalação de uma maquete grande e dois projetores que vão possibilitar com que as crianças e demais visitantes possam observar e conhecer como era a cidade no passado. Cada sala do Muve terá um tema específico e até que o projeto se conclua os visitantes podem conhecer o que os locais irão oferecer com os painéis informativos já instalados. "Entregamos a parte arquitetônica do museu e depois vem a parte da tecnologia. Hoje as pessoas já podem visitar e saber quais atrativos cada sala vai conter", reforçou o secretário.
O Casarão foi completamente revitalizado com recursos do FID. Dos R$ 2,2 milhões repassados, R$ 1,1 milhão foi utilizado na reforma do espaço e o restante está destinado para comprar equipamentos e mobília do Muve e do Arquivo Histórico. Em relação à tecnologia do Muve, o prefeito Marcus Melo (PSDB) esclareceu que o investimento é do governo do Estado e não podia perder a oportunidade. "A prefeitura poderia ter avançado na contratação da aquisição, mas ia perder a oportunidade de usar recurso do investimento do Estado. Tivemos também a necessidade de fazer uma alteração no plano de trabalho, mas o projeto está aqui todo elaborado e vamos colocar todos os outros equipamentos para a visitação dos nossos alunos, mantendo a tradição histórica da nossa cidade".
Ex-morador
A apresentação do Arquivo Histórico e do Muve contou com a presença de um ex-morador ilustre do casarão, o aposentado e empresário Paulo Costa Júnior. Retornar à casa onde viveu aos 12 anos de idade trouxe muitas lembranças. "Viemos pra cá em 1953 e as cores já não eram mais essas, e aquelas pinturas bem apagadas, existiam", aponta. "Pra mim o que mais surpreendeu é que eu achava tudo muito grande nessa casa, e agora os objetos e cômodos parecem menores", contou. 
Arquivo Histórico de Mogi é inaugurado
As memórias de Mogi das Cruzes ganharam um espaço para serem guardadas com a inauguração do Arquivo Histórico Municipal "Historiador Isaac Grinberg", que aconteceu na manhã de ontem, na rua Coronel Souza Franco, 917, centro
As memórias de Mogi das Cruzes ganharam um espaço para serem guardadas com a inauguração do Arquivo Histórico Municipal "Historiador Isaac Grinberg", que aconteceu na manhã de ontem, na rua Coronel Souza Franco, 917, centro. O prédio que abriga documentos como as primeiras partituras musicais do país, o desenho original do brasão das armas da cidade e uma planta do município, datada de 1901, foi construído aos fundos do Casarão Neoclásico, que abriga o Museu Virtual de Educação (Muve).
Uma das principais preocupações da administração municipal é a forma com o que os documentos serão conservados. A prefeitura discute ainda, com a Câmara, a possibilidade de digitalizar toda essa documentação. "Os espaços públicos precisam estar abertos à população. É importante resgatar isso para que todos entendam a história de Mogi das Cruzes", disse o prefeito Marcus Melo (PSDB).
O acervo conta com uma área de 66 metros quadrados, com sala com controle de temperatura e umidade, arquivos deslizantes e mesas de apoio. Como o local será voltado à pesquisas, há uma sala de atendimento com 47 metros quadrados, além de dois computadores com acesso à Internet. Há também uma sala voltada para a pessoas com deficiência.
As consultas ao acervo são gratuitas, mas é preciso agendar pelo telefone 4798-6987. "A conservação da memória e história é a identidade de um povo. Mogi tem sido um exemplo para todas as cidades do Alto Tietê", pontuou a presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Comphap), Luci Bonini. (L.P.)

Fonte:Mogi News