sexta-feira, 29 de setembro de 2017

CIDADES: Sede do Polo Digital é inaugurada no distrito de César de Souza

 27 de setembro de 2017  Cidades, QUADRO DESTAQUE  
Além de auxiliar empreendedores, o serviço contribuirá para a troca de experiência. (foto: Edson Martins)
Além de auxiliar empreendedores, o serviço contribuirá para a troca de experiência. (foto: Edson Martins)

LARISSA RODRIGUES
Trazer benefícios não só aos empreendedores, mas também à economia de Mogi das Cruzes. Estas são metas do Polo Digital, inaugurado ontem em César de Souza. O equipamento busca, junto ao compartilhamento de experiências de pessoas do ramo, dar um norte àqueles que têm projeto de startup em mente.

Mesmo que a sede tenha sido entregue ontem, as atividades começaram a ser desenvolvidas antes, no mês de junho. Até agora, o serviço já conta com 648 membros. “Eu conheci alguns modelos de lugares como este, em São Paulo e nos Estados Unidos, e aqui nós adequamos à nossa realidade. Foi, então, construído um conceito que ainda pode ser melhorado, adequado e aperfeiçoado a cada dia. O projeto já está em andamento há algum tempo, e contamos com um bom número de pessoas inscritas. Nós, hoje, estamos criando um ambiente para que esses membros possam se conhecer, criar e encontrar parcerias”, afirmou o prefeito Marcus Melo (PSDB).


Sobre a geração de empregos, Melo acredita que, mogianos até mesmo retornem à Cidade. “Uma coisa que nunca saiu da minha cabeça foi que gostaria de ver a vontade de pessoas – que em algum momento tiveram que sair de Mogi para procurar emprego – de voltar para cá. Nós temos todas as condições para permitir que isso aconteça em um futuro próximo. Inclusive, a tecnologia oferece uma remuneração que tem uma média superior do que outras economias do Brasil”, reiterou.

Rodrigo Garzi, coordenador do projeto, explica que uma das características da startup é o crescimento muito rápido, por isso a necessidade de funcionários pode surgir constantemente. “Pelos modelos de negócios que surgem aqui, pelo fato de ser a tecnologia a responsável pelas ‘vendas’, a empresa acaba se desenvolvendo rapidamente. A partir do momento que você cresce desta maneira precisa contratar pessoas, então, a tendência é que as startups consigam gerar mais empregos aqui na Região”, explicou.

São quatro espaços disponíveis no Polo. O Café Digital é o local onde todos os membros podem trabalhar, utilizando internet gratuita, fazer reuniões e encontrar oportunidades de negócios e parcerias. O Cowork é o espaço colaborativo onde até oito projetos, ainda em fase embrionária e selecionados pelo processo seletivo, passarão a trabalhar na modelagem e validação do negócio. Todos terão metas de evolução e avaliação periódica.

A Incubadora é destinada a 10 startups em fase de crescimento, que também precisam ser aprovadas em processo seletivo. Os empreendedores terão acesso à qualificação do time, mercado e networking, prospecção de capital investidor, entre outros. Já a Arena de Eventos comporta até 60 pessoas é gratuita e aberta a todos. Para utilizá-la é preciso preencher um formulário no site do Polo Digital, onde também estão disponíveis informações sobre o uso e participação nos outros espaços.

Para se tornar um membro do equipamento e inscrever projetos também é necessário se cadastrar no site www.polodigital.pmmc.com.br .

Treinamentos
Algumas atividades promovidas pelo Polo Digital, que foi inaugurado ontem, tiveram início em junho. O serviço, então, já trouxe conhecimento aos membros do projeto que tiveram a oportunidade de participar de um treinamento. É o caso de Washington Vale, de 38 anos, que tem a ideia de criar uma startup de monitoramento de pets, ao lado de Ariela Rangel, de 18 anos.


“Foi uma experiência positiva porque agregou tanto valores, quanto conhecimento, dentro deste trabalho de treinamento. Ele ativou em nós este lado do empreendedorismo que não conhecíamos. A atividade nos ajudou ainda a pensar diferente e nos mostrando experiências de São Paulo”, contou ele, que hoje é analista de sistemas.

Antes de participar das palestras, eles já tinham a ideia, mas ainda faltava o conhecimento na área. “Agora nós estamos acertando as métricas, para ir atrás de parceiros e investidores que se interessem pelo nosso projeto. A intenção é que no próximo ano nossa startup já seja lançada”, afirmou.

O coordenador do equipamento, Rodrigo Garzi, explica que a startup é muito mais que um tipo de empresa e consiste em um novo jeito de pensar em negócios. “O que a gente pensa atualmente, o que tem dado certo para construir isso, é a forma colaborativa. Então, é um espaço pra que as pessoas possam se encontrar, falar de negócios e, de repente, uma habilidade se complementar à outra.

Garzi diz também que o conceito utilizado aos auxiliados pelo Polo é de “mentoria”, o que difere de consultoria: “Nós da coordenação e gestão damos todo este suporte. Consultoria é quando você pega um consultor financeiro, com um caderno, uma apostila e vai em cima daquela apostila dizendo o que está certo e o que está errado. A mentoria é muito mais do que isso, nós tentamos passar a experiência dos mentores para aqueles que estão empreendendo”.

Os projetos apresentados ao Polo são testados, por um processo que eles denominam como validação. Passando por isso, eles acreditam que seja possível pensar na criação da empresa. Em quatro anos, a meta é que o Polo contribua para o surgimento de 55 novas startups, o desenvolvimento de 165 atividades e que 200 mil pessoas sejam impactadas.

Fonte:O Diário de Mogi