terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Vila dá volta por cima e é campeã

Vila dá volta por cima e é campeã
TER, 09 DE FEVEREIRO DE 2016 00:00
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Integrantes da Unidos da Vila Industria festejam a conquista do primeiro lugar no grupo Especial / Foto: Eisner Soares

Como no refrão do samba que levou para a avenida, a Unidos da Vila Industrial levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Depois de ser rebaixada em 2014, desfilar no Grupo de Acesso em 2015 e ganhar o direito de voltar à elite neste ano, a escola de um dos mais tradicionais bairros da Cidade foi a grande campeã do Carnaval 2016. Do Grupo Especial, foram rebaixadas a Acadêmicos da Fiel e a Imperatriz do Rodeio, enquanto a Unidos do Sales foi a vencedora do Grupo de Acesso e subiu. 

A festa das campeãs será hoje (9), a partir das 20 horas, mas num palco diferente. Ao invés da Avenida Cívica, o “sambódromo mogiano”, a premiação das ganhadoras será no Teatro Municipal. Além da Vila Industrial, que vai ganhar R$ 10 mil, a vice-campeã do Grupo Especial - Estação 1ª de Braz Cubas (que repetiu o resultado de 2015) irá receber R$ 5 mil. Prêmio neste mesmo valor será entregue para a Unidos do Sales.   

Salvo por um princípio de tumulto por causa das penalizações anunciadas para a Imperatriz do Rodeio, a apuração ontem à tarde no Tiro de Guerra correu sem maiores problemas. A Unidos da Vila Industrial já sentiu o gostinho da vitória antes mesmo da leitura das notas do Grupo Especial, quando se sagrou a grande ganhadora do Prêmio Estandarte de Ouro.

Mas foi na apuração principal, que ficou difícil para os dirigentes da agremiação conter a emoção. A Unidos da Vila Industrial apostou na resiliência (tema do enredo)  e conquistou o título com 178,7 pontos. A seu favor também teve o quesito sorte. Não fosse a penalização de 0,7 pontos por desfilar com componentes sem uniformes, a vice Estação 1ª de Braz Cubas poderia ter levado o título.

“Trabalhamos pela superação. Em 2015 começamos a trabalhar a resiliência e esse ano trouxemos ela para a avenida. Resiliência não é só da escola. São das pessoas com câncer, das pessoas que têm dificuldades na vida. Quisemos mostrar  que não adianta perder tempo reclamando da situação; é preciso levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”, disse Emerson Rodrigues da Silva, presidente da Vila Industrial, ao comentar que o samba foi feito sob encomenda e teve pelo menos cinco mudanças até a versão final. “Sabemos que agora vamos ser cobrados como campeões, mas não vamos deixar a peteca cair”, afirmou. (Mara Flôres)

Fonte:O Diário de Mogi