sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Prejuízo Quase metade da água distribuída pelo Semae ou Sabesp não é paga.

Índice chega a 48%; vazamentos, "gatos" e hidrômetros antigos são alguns dos responsáveis por esta perda

Mesmo com serviços de análise da rede, vazamentos fazem parte da lista do desperdício de água
O índice de perda de água em Mogi das Cruzes é de 48%. Quase metade do que é produzido pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) não rende nenhum retorno financeiro à autarquia. 
Entre as principais causas desta perda estão: vazamentos visíveis e internos, hidrômetros antigos, ligações clandestinas e furtos. Normalmente, o consumo de água em Mogi gira em torno de 900 litros por segundo. Durante o verão, pode chegar a 1,2 mil litros, por segundo. Deste total, 65% são produzidos pelo Semae e 35% comprados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

De acordo com o diretor superintendente do Semae, Marcus Melo, "no caso do sistema de abastecimento de água, o que ocorre é a perda não faturada, ou seja, ela é consumida, mas não registrada e paga". "Este tipo de perda é mais significativa do que os vazamentos nas ruas", afirmou.

Ele pontuou alguns dos casos que fazem com que a água que é produzida na cidade seja perdida. "Existem vários fatores, como a perda física que podemos enxergar na rua e aquelas não visíveis, que são identificadas por meio de geofonamento (análise da rede). As equipes ´varrem´ a cidade de madrugada para encontrar os pontos de vazamento", explicou.

O diretor não pontuou os locais que apresentam mais problemas com vazamento ou desperdício, mas informou que a grande movimentação de veículos contribui para esta situação. "A cidade conta com mil quilômetros de rede de água. O movimento de ônibus e carros ajuda no vazamento. Nosso grande desafio é ter agilidade na hora de identificar os vazamentos e consertá-los", ressaltou. Ele acrescentou que o Semae vai ampliar as equipes que fazem o trabalho de geofonamento.

Segundo Melo, a perda de água gera muitos transtornos para a cidade. "O maior prejuízo é para o próprio abastecimento", afirmou.

Outra questão que impacta nesta questão são os hidrômetros antigos. "A troca é necessária para que funcionem corretamente", justificou. 
"As ligações clandestinas também implicam na perda. Criamos um diálogo para que as pessoas se conscientizem e passem a pagar pelo que consomem", destacou o diretor.


Pressão de água
Melo disse que alguns vazamentos podem surgir pela grande pressão necessária para atender determinados bairros. "A grande preocupação é deixar estas pessoas abastecidas. Estamos finalizando a licitação para um projeto que atenderá o Santa Tereza, na região de Brás Cubas. Estamos trabalhando há três anos nesta questão", explicou.

Fonte:Mogi News