sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Saúde é principal tema de debate



Saúde é principal tema de debate
SEX, 05 DE OUTUBRO DE 2012 02:51
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Muitos candidatos preferiam tangenciar nas respostas mudando radicalmente de assunto, sem ser cobrado pelo oponente / Foto Jonny Ueda

A questão da saúde pública em Mogi das Cruzes foi o principal assunto do debate realizado durante a noite de ontem e madrugada de hoje (5)  pela TV Diário, reunindo cinco dos seis candidatos a prefeito da Cidade. Enquanto os adversários do atual chefe do Executivo, Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), insistiam em apontar questões como as dificuldades para se marcar consultas e problemas com o Ligue Médico, o candidato à reeleição procurava ressaltar os principais serviços implantados por ele durante o atual mandato relacionados ao setor, como a Unidade Clínica Ambulatorial (Única), de Jundiapeba, o Atendimento Médico de Especialidades (AME) e, principalmente o Hospital de Braz Cubas, em fase final de construção.

A exemplo de toda a campanha eleitoral deste ano, o encontro entre os candidatos teve poucos confrontos realmente interessantes, ficando, com raríssimas exceções, focado em soluções genéricas para os problemas apresentados.
Muitos candidatos, diante de temas polêmicos, preferiam tangenciar nas respostas mudando radicalmente de assunto, sem ser cobrado pelo oponente. Com raríssimas exceções, o confronto foi morno, sem o esperado aprofundamento de determinadas questões, ainda que o formato permitisse que isso pudesse ocorrer.
No geral, o que se viu foi o candidato à reeleição Marco Bertaiolli procurando aproveitar ao máximo o tempo e as perguntas que lhe foram feitas para mostrar o que havia feito durante o seu atual governo e anunciando projetos por ele já apresentados durante o horário eleitoral. Com discurso fácil e facilidade em falar para as câmeras, o prefeito jogou mais duro com seu adversário mais direto, o petista Marco Soares.
Este, por usa vez, procurou, de todas as formas, criticar a administração municipal, muitas vezes até deixando de apresentar soluções adequadas para tantos problemas que ele procurava mostrar nas mais diferentes áreas. Como opositor ao prefeito, Soares usou todas as oportunidades para apontar problemas, desde a saúde até os transportes, passando pela Lei de Zoneamento. Procurou também ressaltar sua afinidade com o Governo Federal, onde prometeu, mais de uma vez, buscar verbas para solucionar problemas de Mogi.
Já Fernando Muniz (PPS) adotou a postura do bom moço, sem conseguir esconder a pouca experiência, comum a um jovem de 25 anos que está estreando numa campanha política para a Prefeitura e enfrentando antigos integrantes da política local. Buscou ser propositivo e chegou até mesmo a confrontar Jorge Paz (PSOL), quando ele criticou o apoio do deputado Gondim Teixeira (PPS), padrinho político de Muniz, ao governador Geraldo Alckmin. Mostrou garra e, no final, chegou a admitir que tem pretensões de continuar na política local e até chegar à Presidência da República.
Jorge Paz foi quem mais buscou politizar o debate, batendo tanto em Bertaiolli como em Marco Soares. Para muitos, foi a surpresa da noite, atuando na condição de franco atirador. Foi assim que ele discutiu também com Bertaiolli, acusando-o – assim como a Marco Soares – de estar recebendo apoio de partidos ligados aos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O prefeito disse que respondia pelos seus atos e procurou trazer o debate para questões locais.
Já Mário Berti apresentou suas ideias durante todo o debate e, no final, teve de ser contido pelo mediador Carlos Tramontina, quando já descambava para críticas à Câmara usando palavras duras. Isso, entretanto, não impediu que ele, mais comedido, tratasse do tema, criticando os altos salários dos vereadores. (Darwin Valente)

Fonte:O Diário de Mogi