FinanciamentoSanta Casa vai pedir empréstimo de R$ 6 milhões para pagar dívidas
O empréstimo é necessário para saldar dívidas da entidade e manter a unidade funcionando por mais seis meses
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Santa Casa de Mogi: segundo fontes ligadas à provedoria, o empréstimo é necessário para manter o local em funcionamento
A direção da Santa Casa de Mogi das Cruzes deve solicitar junto à Caixa Econômica Federal um financiamento de R$ 6 milhões. A medida, que segundo apurou o Mogi News seria estritamente necessária para saldar dívidas da entidade e manter a unidade funcionando pelos próximos seis meses, foi discutida durante a reunião de diretoria, realizada anteontem, e teve clima tenso.
Não é de hoje que a Santa Casa de Mogi enfrenta problemas financeiros.
Fontes ligadas à provedoria do hospital informaram que o déficit financeiro ampliou nos últimos meses: ao invés de R$ 300 mil por mês, agora já são R$ 400 mil de débito mensais, dos quais R$ 200 mil dizem respeito só a gastos extras no berçário da Maternidade. O déficit, hoje, seria de pouco mais de R$ 2 milhões.
Na reunião de diretoria também foi colocada em votação a provável saída do grupo Pró-Saúde, que há cerca de dois anos atua como gestor do financeiro e todo setor administrativo da Santa Casa. Ex-diretores do Hospital Ipiranga - hoje sob gestão do grupo Amil -, entre os quais Cláudio Pavanelli, devem assumir a direção da filantrópica. A decisão final deve ser divulgada nos próximos dias, assim como um plano urgente de contenção de custos e programa de investimentos a serem quitados com os R$ 6 milhões.
Os recursos, inclusive, devem ser utilizados para pagar o 13º salário dos cerca de 700 funcionários da filantrópica, além de bancar reparos em alguns equipamentos.
A realização de financiamento bancário, aliás, foi uma medida utilizada no ano passado. A direção do hospital solicitou empréstimo de R$ 2 milhões e está com dificuldades para quitar a dívida. A Pró-Saúde, na oportunidade, indicou ao provedor Mário Calderaro a solicitação de R$ 10 milhões de financiamento.
A reportagem tentou insistemente, no decorrer da semana, falar com a direção da Santa Casa para explicar o que levou a uma nova crise financeira e quais as soluções adotadas para "salvar" o hospital, que é referência na região, tanto para atendimento de partos de alto risco como para cirurgias ortopédicas. Contudo, até o fechamento desta edição, não houve resposta aos pedidos.
Fonte:Mogi News
