terça-feira, 10 de abril de 2012

Pronunciamento: Junji faz manifesto contra aterros



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Em discurso na tribuna, deputado diz que Plano Nacional de Resíduos Sólidos traz retrocesso ao estipular prática de enterrar lixo em vez de adotar tecnologias limpas
Se o Plano Nacional de Resíduos Sólidos traz avanços como a obrigatoriedade do fim dos lixões clandestinos em todas as cidades brasileiras, a partir de 2014, também cultiva um retrocesso ao estipular a prática de enterrar lixo como destino final dos detritos, em vez de adotar o uso de tecnologias limpas. Esta é a opinião do deputado federal Junji Abe (PSD-SP) que usou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (10/04/2012) para fazer um manifesto contra a utilização de aterros sanitários no País.
“Enterrar lixo é uma prática primitiva que tem de ser substituída por modelos de tecnologia limpa, como incineração e aproveitamento de resíduos para biomassa. Instalar outros locais para enterrar detritos é um retrocesso sem tamanho dentro dos propósitos de proteção à saúde pública e preservação ambiental”, protestou Junji, crítico voraz do uso de aterros sanitários defendidos pelo governo federal para a disposição final dos resíduos sólidos.
Ao falar sobre a existência de tecnologias limpas para a gestão sustentável dos resíduos sólidos, Junji observou que outras nações da Europa e do Japão, há tempos, aboliram a prática de enterrar lixo. “Utilizam o que chamamos de usinas verdes. Após a coleta seletiva e reciclagem, essas instalações incineram os rejeitos. Além de gerar energia elétrica, o processo permite que parte daquilo que é incinerado sirva para fazer uma compostagem com artefato de cimento e, inclusive, com material asfáltico”, descreveu.
Como exemplo de gestão sustentável de resíduos sólidos, Junji citou uma iniciativa em curso na sua cidade natal de Mogi das Cruzes. Trata-se de um convênio firmado com a Jica – Agência de Cooperação Internacional do Japão e a cidade japonesa de Toyama para possibilitar o desenvolvimento do Projeto de Promoção da Reciclagem do Lixo no Município.
Ao mesmo tempo, relatou Junji, o governo do Estado estuda a viabilidade de instalar em Mogi uma usina verde para tratar os resíduos sólidos da Cidade e de quatro outros municípios vizinhos – Biritiba Mirim, Salesópolis, Guararema e Arujá. “Precisamos partir para o aproveitamento máximo daquilo que jogamos fora todos os dias”, conclamou. E completou: “Com o importante avanço registrado na Região do Alto do Tietê, mais especificamente em minha Mogi das Cruzes, estamos mostrando para o Brasil inteiro o que deve ser feito com o resíduo sólido domiciliar”.
Leia mais sobre o Projeto de Promoção da Reciclagem do Lixo em Mogi das Cruzes.


Fonte:Mel Tominaga
Jornalista – MTb 21.286
Assessora de Comunicação