sexta-feira, 23 de março de 2012

Caso Yoshifusa Pintor volta a negar que não estuprou irmãs


Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, de 30 anos, o Tartaruga, foi interrogado ontem durante audiência no Fórum de Mogi das Cruzes
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Mayara de Paula
 
Rita, mãe de Renata e Roberta Yoshifusa, protestou ontem em frente ao Fórum de Mogi
O interrogatório do pintor Antônio Carlos Rodrigues da Silva Júnior, de 30 anos, o Tartaruga, durou pouco mais de uma hora. Descrito como uma pessoa fria e calculista pelos advogados da família das irmãs Renata e Roberta Yoshifusa, ele confessou ter assassinado as vítimas e mandou um recado para os pais delas, Rita e Nelson Yoshifusa: "Fala para eles que eu não violentei as meninas".


Como o processo segue em segredo de Justiça, a Imprensa não pode acompanhar o depoimento do pintor, nem do médico legista Zeno Morrone, que foi chamado como testemunha do processo pelo juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum de Mogi das Cruzes, Gióia Perini. "Eu não posso comentar nada, o que posso dizer é que estou aqui para expor ao juiz o que já foi passado para a polícia e tirar qualquer dúvida que tenha ficado quanto aos laudos dos exames necroscópicos", explicou Morrone.


A audiência prevista para começar às 14h50 teve apenas 20 minutos de atraso. O primeiro a depor foi o médico legista, que não ficou mais do que 15 minutos na sala de audiência. Já Tartaruga levou mais de uma hora para contar o que ocorreu no dia 11 de novembro do ano passado, quando as irmãs Yoshifusa foram brutalmente assassinadas. 
"Ele é uma pessoa calculista, fria e cruel. Ele confessou o assassinato, mas só estava preocupado em dizer que não as tinha violentado sexualmente", contou o advogado da família, José Beraldo.


Segundo o Mogi News apurou, durante todo o interrogatório o pintor se tratava na 3ª pessoa. Era como se ele tivesse apenas assistido ao crime e não o cometido por vontade própria. "Ele se referia a ele como ´o cara´. Quando perguntamos sobre o motivo do crime, ele disse que não sabia o motivo, que não sabia a razão, mas isso não importa para a legislação penal", explicou Beraldo.


Em depoimento, Tartaruga teria confirmado que primeiro assassinou Renata e depois atacou Roberta. Com a mão direita ele as esfaqueava e com a esquerda, as agredia com um castiçal. "A defesa quer alegar insanidade. Insano significa ser louco. Ele não é louco. Ele tem uma personalidade de matador. Em qualquer outro país ele teria pena de morte pelo que fez", argumentou o advogado. A expectativa é de que em um mês o Poder Judiciário decida se o pintor vai ou não a júri popular.




Manifesto
Durante a audiência, cerca de 20 pessoas, entre parentes e amigos da família Yoshifusa estiveram em frente ao Fórum com cartazes em homenagem as irmãs e em repúdio ao pintor. "A Justiça de Deus já foi feita, agora espero a Justiça dos homens", gritava Rita durante a manifestação.


Fonte:Mogi News