segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Histórias do ex-prefeito Waldemar Costa Filho (X)


Antes de vir a se tornar o atual megaempresário da construção civil, o mogiano Henrique Borenstein operava na área financeira, como sócio de Pedro Conde no antigo BCN, mas ainda encontrava tempo para atender aos frequentes convites feitos pelo prefeito Waldemar Costa Filho e visitar seu gabinete. Borenstein era um daqueles amigos em que Waldemar depositava toda a confiança do mundo, a ponto de lhe pedir ajuda na solução de problemas financeiros enfrentados pela Prefeitura de Mogi. Foi numa dessas visitas, quando o expediente já avançava além do limite, que a secretária Louraci Della Nina anunciou que um "homem de Brasília" desejava conversar com Waldemar. O prefeito pediu que ninguém saísse da sala e mandou entrar o visitante. (Um parênteses: vivia-se o tempo da ditadura e Waldemar, membro da Arena governista, havia feito duras críticas ao Mobral que não incluiu Mogi na lista de cidades aquinhoadas com livros de um programa especial de distribuição. Publicadas neste jornal e repercutidas pelo "Estadão", as declarações ganharam contornos nacionais.) Já no gabinete, incrustado num terno de cortes perfeitos, o homem se apresentou como representante do governo e pediu que Waldemar confirmasse ou não as críticas feitas ao Mobral. Ele não só confirmou como abriu a metralhadora giratória, disparando fogo por todos os lados, criticando o "governo dos milicos" e dizendo que o Mobral era "um foco de corrupção", que para nada servia. O visitante indagou se ele repetiria isso numa sindicância, em Brasília. O prefeito disse que sim, mas que só iria até lá se lhe mandassem passagens, pois não iria gastar dinheiro do Município com a viagem. O cavalheiro gentilmente concordou com as exigências e, ao se despedir, entregou um cartão de visitas ao prefeito. Waldemar leu e, imediatamente, colocou os óculos sobre a cabeça, hábito só adotado em momentos de tensão. Virando-se para Borenstein, sorriu amarelo e disse: "Estou f... (ferrado)!". No cartão, estava o nome de um general que, na época, dirigia o Mobral. Não havia outra saída. Ele foi, depôs, repetiu tudo o que havia dito no gabinete e a repercussão foi maior ainda. Nada aconteceu e Waldemar voltou de lá com uma frase exemplar, que repetiria durante todos os seus governos: "O Mobral ensina o brasileiro escrever para ele tirar o título de eleitor e depois votar no MDB".


Aposta

Dois protagonistas da cena comunitária, cabeças de ponte em suas áreas de atuação, celebraram aposta esta semana: quem propôs, e não é partidário, diz que Junji Abe (DEM) será eleito prefeito de Mogi no ano que vem. Na sua interpretação, por conta da saída de cena de Valdemar Costa Neto (PR).




 Interrogação

O vereador Expedito Tobias (PR) vai pedir ao prefeito que cadastre os locais e espaços ocupados por guardadores de veículos da Cidade para que seja regularizada a profissão de flanelinha. Resta saber o que dirá o vereador, após o levantamento da PM apontar que a maioria deles tem passagem pela Polícia.


No forno

O delegado de Polícia e especialista em segurança, Jorge Lordello, prepara seu nono livro, a ser lançado em fevereiro. A obra vai tratar de crimes digitais, praticados pelos chamados "marginais invisíveis", especialmente via telefone e computador (internet). Promete ajudar o leitor a cuidar melhor de sua segurança quando usar tais equipamentos.




Em Cuba


Não foi das piores – muito pelo contrário – as impressões trazidas de Cuba pelo desembargador aposentado José Elias Habice, que recentemente esteve visitando a ilha de Fidel Castro. Habice disse à coluna que já viu coisas bem piores, em outras viagens aqui mesmo, por países americanos.


Fonte:O Diário de Mogi