sábado, 2 de abril de 2011

Minor Harada morre aos 72 anos

Minor Harada morre aos 72 anos

DARWIN VALENTE
Será sepultado às 10 horas de hoje, no Cemitério São Salvador, o corpo de Minor Harada, que faleceu aos 72 anos, vítima de câncer. Minor, que foi vereador, presidente do Sindicato Rural, coordenador e secretário da Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, deixa a esposa Mitiko, as filhas Carla e Renata e o neto Alec, de 10 meses.
Ele morreu por volta de 7h30 de ontem, no Hospital A. C. Camargo, na Capital, onde estava internado desde a noite da última quarta-feira, quando passou mal em sua casa, no Cocuera, em Mogi, e foi levado para São Paulo por familiares.
O diagnóstico médico apontou a ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, que o levou a um coma irreversível. O problema, segundo os médicos, foi resultado da metástase de um câncer descoberto três anos antes, na região do intestino, que atingiu o fígado e se espalhou por outros órgãos, apesar do intenso tratamento a que foi submetido, à base de quimio e radioterapia.
"A metástase consiste na disseminação das células cancerígenas que caem na corrente sanguínea ou sistema linfático, e acabaram atingindo o cérebro. No cérebro, as células cancerígenas que para lá migraram o levaram à perda de consciência. O AVC (derrame) foi extenso e o coma tornou-se irreversível", explicou o médico Melquíades Machado Portela, amigo pessoal de Minor, que vinha acompanhando, desde o início, a luta do mogiano contra o câncer.
Durante todo o período de tratamento, Minor viveu entre o sítio de sua propriedade, na zona rural de Cocuera, e as constantes visitas ao hospital paulistano para receber altas doses de medicamentos que só retardaram o avanço paulatino do câncer e também não impediram que ele tivesse várias pneumonias, enfrentadas com a coragem e paciência comuns nos nipônicos.
Durante o tempo em que esteve recluso em sua residência, Minor pôde comprovar o quando era querido por seus amigos, que lá compareciam com frequência para longas conversas. Desde que foi proibido de dirigir por determinação médica, amigos como Paulo Machado (antigo companheiro de NGK do Brasil), Luiz Longato (Arpemei) e o ex-diretor do Semae, Roberto Gomes de Faria costumavam trazê-lo para longos almoços na Cidade.
Na semana passada, ao visitá-lo, o médico Melquíades Portela notou que ele estava muito magro, pouco afeito a conversas e sem a mesma agilidade nas respostas.
Na última terça-feira, Longato e Machado repetiram o ritual do almoço. Passaram a tarde com Minor em Mogi e, ao levá-lo de volta para casa, notaram que Minor estava distante, abatido. À noite, ele sentiu-se mal, foi levado para o hospital paulistano, onde perdeu sua derradeira batalha contra o câncer.

Fonte:O Diário de Mogi