terça-feira, 2 de novembro de 2010

 A CHAVE : vitória de Dilma Rousseff (PT) consolida e amplifica a força política do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR), o Boy, seja no Ministério dos Transportes, onde seu partido faz e acontece, seja na destinação de obras e verbas para os municípios, por meio de emendas ao Orçamento Federal. Boy, agora, só não vai fazer chover se  Deus quiser.




Sempre governista
O outro lado, o da oposição: o deputado federal eleito Junji Abe espera definições sobre seu partido, o DEM, para saber como se comportará, tanto em nível regional, quanto na esfera federal. Junji nunca fez oposição e não será desta vez que irá colocar a cara a tapa. A ida ao PMDB, numa eventual fusão do Democratas, a partir da ação de Gilberto Kassab, pode acomodar Junji no conforto da base situacionista logo no início do novo governo.




De volta ao passado
Se isso não ocorrer, Junji deverá repetir o que fez entre 1994 e 1998, quando, mesmo filiado a legendas contrárias ao então governador Mario Covas (primeiro, o PL, de Boy, depois o PPB, de Paulo Maluf), era considerado da base governista, votando com a situação e tendo livre acesso ao poder.




Rumo a Minas
Mas há a possibilidade do DEM cair no colo do PSDB e fazer número para prolongar a sobrevida política de José Serra, compartilhando o partido com Geraldo Alckmin e resistindo à tendência quase natural dos tucanos de caminharem para Minas Gerais, para os braços presidenciais de AécioNeves.



Ideia fixa
A força demonstrada pelo deputado estadual Estevam Galvão de Oliveira (DEM), que trouxe Serra a Suzano no último dia de campanha, repetindo o que havia feito no primeiro turno, expõe o tamanho do apetite do parlamentar, que quer porque quer retornar à prefeitura suzanense em 2012. Vencer na cidade, como aconteceu anteontem, embora por pequena margem, demarca que o velho Estevam de sempre, diferentemente de 2008, não entrará para perder para o grupo de seu desafeto, o prefeito Marcelo Candido.
Todos por um
Por aqui, o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) deverá manter o bom trânsito no Palácio dos Bandeirantes, obtendo recursos e obras de Alckmin, político que sempre investiu em Mogi, e calcará os pés com mais vontade no governo federal, a partir da mediação de Boy junto ao governo Dilma. Na reeleição, Bertaiolli poderá ser uma espécie de "candidato único" dos tucanos e da base governista federal, que mesmo que permita uma candidatura do PT por aqui, não ficará chateada se o candidato apoiado pelo PR obtiver a reeleição.


Gregos e baianos
Nesse caso, Bertaiolli reuniria gregos, troianos e baianos, além de Boy e Junji no mesmo barco, e contaria com as bençãos do padrinho Kassab, de Alckmin, de Serra e de Dilma, esta última mesmo sem saber e de forma indireta. Seria o candidato da conciliação, a partir de um amplo leque de apoios. É esperar para conferir.
Pacto de França
A ida de André Franca para a chefia de gabinete do vereador Chico Bezerra (PSB) seria, segundo uma fonte, o início de um acordo de atuação conjunta entre Chico e Junji. França entrou para colocar ordem na casa de Chico, porque teria sido liberado temporariamente por Junji, que alegou a este jornalista que tal movimento seria "temporário", até que ele mesmo assuma sua cadeira na Câmara Federal, em 15 de fevereiro, e carregue França para a capital federal.


Postado dia 2/11/2010 por Luizinho        Contracapa  Mogi News pag:2