quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Praças públicas Viciados se passam por moradores de rua para agir na região central


Praças públicas
Viciados se passam por moradores de rua para agir na região central
Mogianos não podem dar esmolas ou qualquer tipo de assistência aos moradores em aparente situação de rua
Jorge Moraes

Disfarce: Usuários de droga e álcool se misturam aos moradores de rua a fim de manter o vício
A secretária municipal de Assistência Social, Marinês Piva reforça o alerta para que os mogianos evitem dar esmolas, alimentos ou qualquer tipo de assistência às pessoas de aparente situação de rua, principalmente, se estiverem em alguma praça, na área central. 
De acordo com Marinês, assistentes sociais e agentes da guarda municipal, identificaram a presença dos chamados trombadões agindo no Largo Bom Jesus e Praça Oswaldo Cruz, entre outras praças. "Há cerca de 10 dias, essas pessoas, que têm residência fixa, têm ido à praça, para conseguir uns trocados, seja como guardador de carro ou mesmo pedir esmola. O dinheiro é para sustentar o vício", conta. 
Marinês destaca que grande parte dos supostos mendigos tem dependência de álcool e drogas. 
Por volta do meio-dia de ontem, o Mogi News percorreu alguns dos pontos e identificou cerca de 15 supostos moradores de rua em duas praças : seis homens (alguns sem camisa), de aparente situação de rua, estavam no Largo Bom Jesus, conversando e rindo alto, embaixo de uma árvore, visivelmente embriagados. Um deles chegou a interromper a conversa na "roda de amigos" para, em seguida, oferecer serviços de "guardador de carros" a um idoso que estacionava o veículo, próximo à praça. 
Não muito longe dali, na Praça Oswaldo Cruz, outro grupo de sete pessoas - cinco homens e duas mulheres -, se acomodavam debaixo de uma árvore, próximo ao coreto, deixando no chão algumas peças de roupas e mochilas que traziam consigo. Uma mulher, visivelmente embriagada, deitou no colo do companheiro para tentar dormir. 
Do outro lado da praça, dois homens, dormiam ao lado da antiga guarita da Polícia Militar. 
"Infelizmente, a situação nessas praças não é apenas de cunho social, mas também de segurança", afirma Marinês, que nesta semana destacou uma equipe de assistentes sociais para, exclusivamente, ao lado de guardas municipais, promover o acompanhamento dos grupos citados na reportagem. A secretária tem planos de acionar a Polícia Militar. 
Ao todo, segundo Marinês, são seis assistentes sociais que realizam o trabalho de abordagem destas pessoas. 
O recente relatório da pasta, aponta que no mês de setembro foram realizadas 709 abordagens, uma média de 35 a cada dia útil. "Normalmente, grande parte das pessoas abordadas é de outra cidade e acaba assistida, com alimentação em casas abrigo e passagem de retorno à origem", conta a secretária, informando que, em média, existem hoje, cadastradas, 150 pessoas em situação de rua, das quais 111 seriam de fora da cidade. 

Fonte:Mogi News