quinta-feira, 26 de junho de 2014

Aécio crê em maior debandada do governo: ‘Suguem mais e venham para o nosso lado’ Tucano critica formação de alianças por Dilma e diz que estratégia construída pelo PSDB é mais sólida

Aécio crê em maior debandada do governo: ‘Suguem mais e venham para o nosso lado’
Tucano critica formação de alianças por Dilma e diz que estratégia construída pelo PSDB é mais sólida
POR MARIA LIMA
25/06/2014 19:53 / ATUALIZADO 25/06/2014 20:42

Aécio Neves em evento politico organizado pelo prefeito Elias Gomes, em Pernambuco
Foto: Hans von Manteuffel / Agência O Globo/Arquivo
Aécio Neves em evento politico organizado pelo prefeito Elias Gomes, em Pernambuco
Foto: Hans von Manteuffel / Agência O Globo/Arquivo
Aécio Neves em evento politico organizado pelo prefeito Elias Gomes, em Pernambuco - Hans von Manteuffel / Agência O Globo/Arquivo
BRASÍLIA - O pré-candidato do PSDB a presidente, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira que nunca imaginou que, a esta altura da campanha, fosse conseguir o arco de alianças que está consolidando em todo país. E afirmou que muitos outros ainda sairão do governo para apoiar os tucanos, que apenas estão aproveitando um pouco mais do poder. Sobre aliados da presidente que mostraram interesse em aderir a sua campanha, mas ainda não encontraram uma porta de saída, Aécio declarou:

VEJA TAMBÉM
Após ceder ao PR, Dilma critica deslealdade de partidos
PT estranha aliança de peemedebistas com DEM e vê riscos para palanque de Dilma no Rio
PP e PSD formalizam apoio a Dilma e aumentam tempo de TV
Deputados do PTB se reuniram com Berzoini e devem manter apoio a Dilma
Aécio recebe apoio do Solidariedade e anuncia adesão do PTB à sua candidatura
- Muito mais gente já desembarcou e o governo ainda não percebeu. Vão sugar um pouco mais. E eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado - disse Aécio.

Ele criticou duramente o discurso da presidente Dilma Rousseff hoje sobre a importância da lealdade e de se manter compromissos. Disse ainda que ela está conseguindo o tempo de TV, mas não terá o apoio efetivo dos partidos ao longo da campanha. Segundo ele, é grande a corrida dos dissidentes para sua candidatura, informalmente.

Sobre a demissão do ministro Cesar Borges para garantir o apoio do PR, Aécio Neves disse:

- A presidente Dilma se desdiz. Jogou pela janela o discurso que fez há quatro dias na convenção que referendou sua candidatura. Está deixando explícito que a sua nova fórmula para a mudança é essa, a pior de todas, é a mercantilização da política.

Ao analisar o que chamou de "conjunto da obra", Aécio disse que, apesar das dificuldades, jamais imaginava que teria os palanques que conseguiu construir em estados estratégicos, como no Rio de Janeiro, e no Nordeste. No Nordeste, ele diz que nos próximos dias terá novidades. Ele articula a construção de palanque no Ceará, com o líder do PMDB, Eunício Oliveira, de candidato a governador, o ex-prefeito Roberto França de vice e o ex-senador Tasso Jeiressatti para o Senado. Mas ainda não está fechado.

- Não tenho nada para oferecer, mas estamos construindo palanques muito mais consistentes. O quadro de alianças está muito melhor do que esperava. No Nordeste, por exemplo, teremos palanques muito mais sólidos do que eu imaginava no início da caminhada.


Fonte:G1.com

PP e PSD Formalizam apoio a Dilma e aumentam tempo de TV PR, único partido da base ainda incerto, entregou Ministério dos Transportes

PP e PSD Formalizam apoio a Dilma e aumentam tempo de TV
PR, único partido da base ainda incerto, entregou Ministério dos Transportes
POR FERNANDA KRAKOVICS, SIMONE IGLESIAS E ISABEL BRAGA
25/06/2014 6:00 / ATUALIZADO 25/06/2014 9:09

Aproximação. Para tentar garantir PR na base, PT e Dilma fizeram afagos ao deputado federal Anthony Garotinho
Foto: Agência O Globo / Givaldo Barbosa
Aproximação. Para tentar garantir PR na base, PT e Dilma fizeram afagos ao deputado federal Anthony Garotinho
Foto: Agência O Globo / Givaldo Barbosa
Aproximação. Para tentar garantir PR na base, PT e Dilma fizeram afagos ao deputado federal Anthony Garotinho - Agência O Globo / Givaldo Barbosa
BRASÍLIA — Após semanas de negociações entre o governo e os partidos aliados, PP e PSD formalizaram nesta quarta, em suas convenções, em Brasília, o apoio à presidente Dilma Rousseff. Juntos, os dois partidos darão cerca de 2 minutos e 40 segundos à propaganda de rádio e TV governista. O movimento acontece um dia depois de o PROS confirmar o apoio à presidente. Entre as legendas que integram a base aliada, a última incerteza é o PR. Em um movimento para pressionar o Palácio do Planalto, a sigla entrega nesta quarta-feira o Ministério dos Transportes, afirmando que o atual titular, César Borges, já não a representa. Com isso, o PR busca manter a pasta sob os cuidados de outro correligionário. Na manhã desta quarta, Dilma receberá Cesar Borges para uma audiência no Palácio da Alvorada.

No PP, apesar das intensas movimentações de grupos ligados ao senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, a situação é relativamente tranquila. O presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), apresentará uma resolução na abertura da convenção, nesta quinta, delegando à Executiva Nacional a decisão sobre o apoio na sucessão presidencial, mas liberando os estados a apoiarem o candidato que quiserem à Presidência. Na prática, isso servirá para o partido dar seu tempo de TV a Dilma, mas deixando claro a insatisfação de parte da legenda com o governo.

Os candidatos a governos estaduais e ao Senado terão liberdade de escolher quem vão apoiar. Para marcar posição, os diretórios de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Santa Catarina - contrários à reeleição de Dilma - pedirão que o PP fique neutro, como nas eleições de 2010. No entanto, os próprios dissidentes admitem que a direção do partido tem maioria para decidir a favor da aliança com o PT. Como estão previstos discursos contra a decisão do partido e o apoio a Dilma, a presidente não foi convidada pelo PP a participar da convenção. Durante o evento, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) se apresentará como candidato à Presidência da República, mas a ideia deverá ser rejeitada.

Já no evento do PSD, comandado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, não deve haver surpresas. Até por isso, está agendada a presença da presidente Dilma na convenção. Ela deverá ser aclamada pelos aliados, assim como ocorreu hoje no evento do PROS.

Após serem pegos de surpresa com o abandono do PTB na semana passada, o Planalto monitora de perto cada passo dos aliados, mas a negociação com o PR não é simples. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que o governo avalia os pedidos da legenda, mas fontes próximas à presidente afirmam que não é do seu estilo atender ao que consideram uma chantagem de alguns setores do PR. Auxiliares de Dilma lembram que os deputados do partido pedem sistematicamente a troca do titular da pasta e que, antes de Borges, não queriam a permanência do ex-ministro Paulo Sérgio Passos, agora cotado pelos congressistas como possível sucessor dele.

O PR ainda tenta reconquistar a direção geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ocupada atualmente pelo general Jorge Fraxe. Em meio às ameaças do partido, o ex-presidente Lula voou para Brasília hoje e se reuniu com Dilma no Alvorada.

A direção do PR afirmou, por meio de sua assessoria, que não comenta nomeações nem demissões de ministros. "A assessoria de imprensa do PR esclarece que a legenda não comenta decisões sobre nomeação ou demissão de ministros. Para a direção da legenda, o assunto é privativo da Presidência da República ou de seu titular correspondente. Portanto, a legenda não tem comentários a oferecer sobre supostos rumores que envolvem a titularidade do Ministério dos Transportes", diz a nota.

Apesar de ser filiado ao PR, Cesar Borges é considerado no partido uma indicação da cota pessoal de Dilma. A insatisfação maior com o ministro é da bancada da Câmara e do ex-presidente do partido Valdemar Costa Neto, que está preso, condenado no processo do mensalão, mas mantém forte ascendência sobre as decisões da sigla. Borges está no exterior e retorna amanhã ao país.

A decisão sobre o caminho que o PR vai tomar nas eleições está marcada para segunda-feira, em reunião da Executiva Nacional. A sigla está rachada. A ala liderada por Valdemar defende o apoio a Aécio Neves. Já o grupo do presidente Alfredo Nascimento defende o apoio à reeleição de Dilma, mas aproveita para negociar mais espaço no governo.

Fonte:G1.com

Planalto confirma mudança nos Transportes após pressão do PR Ministro César Borges (BA) se reuniu com a presidente Dilma nesta manhã. Ele vai para pasta dos Portos; ex-ministro Paulo Passos voltará ao posto.

Planalto confirma mudança nos Transportes após pressão do PR
Ministro César Borges (BA) se reuniu com a presidente Dilma nesta manhã.
Ele vai para pasta dos Portos; ex-ministro Paulo Passos voltará ao posto.
Filipe Matoso
Do G1, em Brasília

César Borges e Paulo Sérgio Passos, durante transmissão de cargo nos Transportes em abril de 2013 (Foto: Edsom Leite/Ministérios dos Transportes)
César Borges e Paulo Sérgio Passos, durante transmissão de cargo nos Transportes em abril de 2013 (Foto: Edsom Leite/Ministérios dos Transportes)
César Borges e Paulo Sérgio Passos, durante transmissão de cargo nos Transportes em abril de 2013 (Foto: Edsom Leite/Ministérios dos Transportes)
O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta quarta-feira (25) para confirmar a mudança no comando do Ministério dos Transportes. O ministro César Borges (PR-BA) deixará o comando da pasta e no lugar dele assumirá Paulo Sérgio Passos, também filiado ao PR e que já foi ministro da área entre julho de 2011 e abril de 2013.
Atualmente, Passos preside a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal da área de logística vinculada ao ministério.
Conforme o comunicado da Presidência, César Borges assumirá a Secretaria Nacional de Portos, que atualmente está sob comando de Antonio Henrique Pinheiro Silveira, ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.
A alteração atende a pressão do PR, que ameaçou deixar a base do governo federal para apoiar o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, caso não obtivesse mais participação no governo.
saiba mais
Cristiana Lôbo: Dilma define troca de ministro dos Transportes para atender PR
PROS aprova apoio a Dilma na eleição presidencial
Em convenção nacional, PSD aprova apoiar Dilma na eleição de outubro
Executiva do PP aprova apoio a Dilma, mas dissidentes contestam decisão
Após PTB anunciar apoio a Aécio, deputados estudam apoiar Dilma
O partido não estava satisfeito com a atuação de Borges na pasta e queria o retorno de Paulo Passos, que assumiu o posto em 2011, depois que Alfredo Nascimento deixou o cargo em razão de denúncias. À época, o PR também foi contra a indicação de Passos em razão de ele ser considerado de perfil técnico e não político.
A secretaria de portos era chefiada pelo PSB, que deixou o governo após a definição da candidatura a presidente de Eduardo Campos.
Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com César Borges, Paulo Passos e Antonio Henrique Silveira para acertar detalhes da troca. Também participaram os ministros Thomas Traumann (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). Depois da reunião, todos deixaram o Planalto sem dar informações sobre o que ficou definido.

Fonte:G1.com