domingo, 11 de novembro de 2012


Volta Fria
Saúde é prioridade para moradores
Preocupação com possíveis problemas provocados pela contaminação foi destaque em reunião realizada ontem
Fernanda Fernandes
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro

Encontro reuniu moradores da área afetada pelo vazamento de combustível e representantes da OAB
Uma reunião ontem entre moradores da área contaminada na Volta Fria e advogados da Comissão de Meio Ambiente da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Mogi das Cruzes discutiu as próximas ações que serão realizadas. A saúde foi o tema central das discussões, apontada como a principal preocupação de quem reside no local, onde ocorrreu o vazamento de combustível há dois anos. 
"Os que os moradores querem é continuar morando aqui, como era antes, com qualidade de vida", disse um dos moradores da área afetada, Luciano Aparecido de Brito Moraes. "Em nossa família a preocupação é com a saúde. Não queremos que nossos filhos tenham problemas, nem que nossos netos nasçam com alguma complicação", salientou. 
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB de Mogi, José Antônio da Costa, destacou a importância da coleta de água para a realização de um novo laudo. "Se fizermos uma coleta hoje, não tenho dúvida de que a água terá a presença de algum elemento químico derivado do petróleo, pois o cheiro da terra é característico da gasolina. A presença de gasolina na água dá pra ver a olho nu", observou, reafirmando o apoio da comissão à população. 
Sobre os riscos à saúde da comunidade, Costa alertou que a água deve conter hidrocarbonetos, que são derivados de petróleo. "São elementos químicos altamente nocivos à saúde e é importante que todos saibam que aquilo pode contaminar uma pessoa", disse, ressaltando a importância de um novo laudo e da presença de todos moradores na audiência pública que ocorrerá dia 4 de dezembro às 19 horas na sede da OAB. "É importante a presença de todos, pois o que ganha corpo hoje em qualquer movimentação de natureza popular é ser maciço, o que amplia o seu grau de importância", convocou. O advogado também esclareceu que, no local, ocorreu um crime ambiental de alta gravidade.

No fim da reunião houve um desentendimento entre uma das moradoras com o líder comunitário Sílvio Marques. Ela contestava o resultado do último laudo sobre a água que era fornecida no bairro, afirmando que em sua família nunca houve problemas de saúde provocados pelo consumo da água.


Fonte:Mogi News