segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Após anúncio de acordo, Senado dos EUA vota plano anticalote

O Senado dos Estados Unidos deve votar nesta segunda-feira um novo projeto de cortes nos gastos governamentais e a elevação do teto da dívida pública americana, atualmente em US$ 14,3 trilhões, em um esforço para evitar um calote que pode abalar a economia mundial.


Entenda o novo acordo para aumentar teto da dívida nos EUA


Com o acordo entre republicanos e democratas, anunciado pelo presidente Barack Obama, o plano deve passar entre segunda-feira e terça-feira na Câmara dos Deputados, para então poder ser implementado.


Carolyn Kaster/Associated Press
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante pronunciamento neste domingo sobre acordo para evitar calote
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante pronunciamento neste domingo sobre acordo para evitar calote
A aprovação virá um dia antes do prazo final dado pelo governo Obama, que alertou que a partir de amanhã não poderá mais arcar com todos os seus compromissos sem a elevação do teto da dívida. Em risco, estão os pagamentos aos investidores, benefícios sociais e empresas que prestam serviço ao governo.


Se aprovado, o pacote preservará a classificação de risco dos EUA, dará garantias aos investidores do mercado financeiro mundial e pode, possivelmente, reverter as perdas dos últimos dias nas bolsas diante do risco de calote.


Na noite de domingo, Obama foi a público anunciar o que parece ser o capítulo final de uma disputa sem precedentes na economia americana, acostumada a elevar o teto da dívida quase anualmente. Desta vez, um tema aparentemente de prioridade econômica foi contaminado pelo clima de disputa eleitoral na Casa Branca, em 2012.


Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".


PARTIDÁRIO


Os líderes das duas Casas passaram a noite explicando aos seus colegas os detalhes do plano, a elevar o teto da dívida em um valor mínimo de US$ 2,1 trilhões.


A elevação vem acompanhada de um corte imediato do deficit no valor de US$ 1 trilhão.


Um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregará de apresentar, antes do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, um plano complementar que reduza o deficit em US$ 1,5 trilhão adicionais durante os próximos dez anos.


Isto garante que o limite não deverá aumentar de novo até 2013, para evitar novas lutas bipartidárias no lance final da campanha pelas eleições de 2012 e não prejudicar a recuperação econômica.


O pacote deve passar sem dificuldade pelo Senado, de maioria democrata, mas ainda resta dúvidas se passará na Câmara dos Deputados, de maioria republicana e onde integrantes do movimento ultradireitista Tea Party já se disseram insatisfeitos com o acordo da noite de domingo.


Nas últimas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou dois pacotes patrocinados pelo líder republicano John Boehner. O Senado vetou os dois, elevando as negociações à estaca zero.


Em um bom sinal, Boehner disse aos colegas republicanos que o acordo é bom e vai ao encontro às demandas republicanas.


Fonte:Folha.com

Histórias do ex-prefeito Waldemar Costa Filho (X)


Antes de vir a se tornar o atual megaempresário da construção civil, o mogiano Henrique Borenstein operava na área financeira, como sócio de Pedro Conde no antigo BCN, mas ainda encontrava tempo para atender aos frequentes convites feitos pelo prefeito Waldemar Costa Filho e visitar seu gabinete. Borenstein era um daqueles amigos em que Waldemar depositava toda a confiança do mundo, a ponto de lhe pedir ajuda na solução de problemas financeiros enfrentados pela Prefeitura de Mogi. Foi numa dessas visitas, quando o expediente já avançava além do limite, que a secretária Louraci Della Nina anunciou que um "homem de Brasília" desejava conversar com Waldemar. O prefeito pediu que ninguém saísse da sala e mandou entrar o visitante. (Um parênteses: vivia-se o tempo da ditadura e Waldemar, membro da Arena governista, havia feito duras críticas ao Mobral que não incluiu Mogi na lista de cidades aquinhoadas com livros de um programa especial de distribuição. Publicadas neste jornal e repercutidas pelo "Estadão", as declarações ganharam contornos nacionais.) Já no gabinete, incrustado num terno de cortes perfeitos, o homem se apresentou como representante do governo e pediu que Waldemar confirmasse ou não as críticas feitas ao Mobral. Ele não só confirmou como abriu a metralhadora giratória, disparando fogo por todos os lados, criticando o "governo dos milicos" e dizendo que o Mobral era "um foco de corrupção", que para nada servia. O visitante indagou se ele repetiria isso numa sindicância, em Brasília. O prefeito disse que sim, mas que só iria até lá se lhe mandassem passagens, pois não iria gastar dinheiro do Município com a viagem. O cavalheiro gentilmente concordou com as exigências e, ao se despedir, entregou um cartão de visitas ao prefeito. Waldemar leu e, imediatamente, colocou os óculos sobre a cabeça, hábito só adotado em momentos de tensão. Virando-se para Borenstein, sorriu amarelo e disse: "Estou f... (ferrado)!". No cartão, estava o nome de um general que, na época, dirigia o Mobral. Não havia outra saída. Ele foi, depôs, repetiu tudo o que havia dito no gabinete e a repercussão foi maior ainda. Nada aconteceu e Waldemar voltou de lá com uma frase exemplar, que repetiria durante todos os seus governos: "O Mobral ensina o brasileiro escrever para ele tirar o título de eleitor e depois votar no MDB".


Aposta

Dois protagonistas da cena comunitária, cabeças de ponte em suas áreas de atuação, celebraram aposta esta semana: quem propôs, e não é partidário, diz que Junji Abe (DEM) será eleito prefeito de Mogi no ano que vem. Na sua interpretação, por conta da saída de cena de Valdemar Costa Neto (PR).




 Interrogação

O vereador Expedito Tobias (PR) vai pedir ao prefeito que cadastre os locais e espaços ocupados por guardadores de veículos da Cidade para que seja regularizada a profissão de flanelinha. Resta saber o que dirá o vereador, após o levantamento da PM apontar que a maioria deles tem passagem pela Polícia.


No forno

O delegado de Polícia e especialista em segurança, Jorge Lordello, prepara seu nono livro, a ser lançado em fevereiro. A obra vai tratar de crimes digitais, praticados pelos chamados "marginais invisíveis", especialmente via telefone e computador (internet). Promete ajudar o leitor a cuidar melhor de sua segurança quando usar tais equipamentos.




Em Cuba


Não foi das piores – muito pelo contrário – as impressões trazidas de Cuba pelo desembargador aposentado José Elias Habice, que recentemente esteve visitando a ilha de Fidel Castro. Habice disse à coluna que já viu coisas bem piores, em outras viagens aqui mesmo, por países americanos.


Fonte:O Diário de Mogi

Câmara aprova plano republicano

WASHINGTON


Os deputados republicanos conseguiram superar parte das discordâncias internas e aprovaram o projeto de lei apresentado por seu companheiro de partido John Boehner, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, para reduzir o déficit orçamentário e aumentar o teto da dívida norte-americana. O plano recebeu 218 votos a favor e 210 contra. Nenhum democrata foi favorável à legislação e 22 republicanos rejeitaram a proposta.


A vitória do Partido Republicano na Câmara, no entanto, deve ter vida curta, pois o projeto de lei dificilmente será aprovado no Senado, onde a maioria é democrata. Os senadores devem votar o plano ainda hoje.


A proposta de Boehner prevê uma elevação de US$ 900 bilhões no limite de endividamento dos EUA, mas em contrapartida adota medidas para cortar o déficit orçamentário do país em US$ 917 bilhões ao longo dos próximos 10 anos.


O aumento no teto da dívida seria suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento do governo até fevereiro ou março do ano que vem. A partir deste período, porém, tanto a Câmara quanto o Senado precisarão chegar a um acordo sobre o orçamento para que o limite de endividamento fosse elevado novamente.


O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, está defendendo um projeto de lei alternativo, que eleva o teto da dívida norte-americana e US$ 2,4 trilhões, ou o suficiente para suprir as demandas por financiamento até março de 2013.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recorreu ao microblog Twitter para elevar a pressão sobre os congressistas de oposição para obter deles um acordo para a elevação do teto de endividamento do governo.


Em nome do presidente, assessores de Obama passaram a tarde publicando um a um os nomes, as cadeiras e os contatos no Twitter dos deputados republicanos na Câmara dos Representantes e pedindo aos eleitores de cada distrito eleitoral dos EUA que pressionassem os legisladores a adotarem uma solução bipartidária para a elevação do teto da dívida.


A campanha de Obama pelo Twitter começou por volta das 13h (hora de Brasília). "Acabou o tempo de colocar o partido na frente de tudo. Se você quer um acordo bipartidário, deixe o Congresso ficar sabendo. Ligue, passe e-mail, tuíte. -BO", dizia a primeira mensagem.


"Vocês ouviram o presidente. Eis o que estamos fazendo: durante o dia publicaremos os twitters dos legisladores republicanos de cada Estado", prosseguia o perfil do mandatário norte-americano. "Tuítem os legisladores republicanos e peçam a eles que apoiem um acordo bipartidário para a crise da dívida", escreveu Obama a seguir.


Fonte:O Diário de Mogi