quarta-feira, 30 de março de 2011

Lula e Dilma choram pela morte de José Alencar

Lula e Dilma choram pela morte de José Alencar


Publicação: 29/03/2011 17:08 Atualização: 29/03/2011 20:07

Presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula estavam em Portugal quando receberam a notícia da morte do ex-vice-presidente José Alencar (BETO BARATA/AGENCIA ESTADO/AE )
Presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula estavam em Portugal quando receberam a notícia da morte do ex-vice-presidente José Alencar


Por causa da morte do ex-vice-presidente José Alencar, a presidente Dilma Rousseff, que está em Portugal, decidiu que retornará ao Brasil nesta quarta-feira pela manhã. O retorno ocorrerá logo depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receber o título de "doutor honoris causa" da Universidade de Coimbra. "Nós tínhamos um relação de irmãos, de pai e filho", afirmou Lula sobre seu vice.

Segundo Dilma, será decretado luto oficial por 7 dias. O publicação do luto oficial estará presente na edição de amanhã no Diário Oficial da União. Neste momento, no entanto, as bandeiras do Palácio do Planalto já estão hasteadas a meio mastro, em luto pela morte do ex-vice-presidente.

Em Coimbra, muito emocionados e com lágrimas descendo dos olhos, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula lamentaram profundamente a morte de Alencar. Dilma concedeu entrevista e se desculpou pela declaração que tinha feito momentos antes à imprensa. Ela havia dito que estava acompanhando a situação do ex-vice-presidente com muita preocupação, mas ressalvando que ele "sempre surpreendia", demonstrando esperança.

A presidente esclareceu que, quando fez esse comentário, não sabia que o falecimento já tinha ocorrido. "Não sabíamos que o nosso querido José Alencar já tinha morrido. Nós estamos em um momento de muito sentimento. Eu tenho uma grande honra de ter convivido com ele. Foi presidente da República por mais de oito meses. Estou oferecendo o Palácio do Planalto à família para que o corpo dele seja velado na condição de chefe de Estado", disse a presidente da República.

Galeria: a trajetória de José Alencar

Dilma e Lula haviam se recolhido para uma conversa quando receberam ligação do médico de José Alencar, Raul Cutait, que telefonou para dar a notícia. Lula e Dilma tiveram a ideia inicial de retornar imediatamente para Brasília, mas diante do fuso horário e das primeiras providências que precisam ser tomadas pela própria família de Alencar, decidiram adiar a decolagem de Portugal para amanhã de manhã.

A partida ocorrerá tão logo o ex-presidente Lula receber o título de "doutor honoris causa" na universidade de Coimbra. Não haverá qualquer comemoração por ocasião da entrega do prêmio, marcado para as 10h30 (horário local). As visitas ao presidente Cavaco Silva e ao primeiro-ministro José Sócrates estão adiadas.

Dilma disse que já conversou com o filho de José Alencar, Josué, e que ele informou que depois da cerimônia no Palácio do Planalto acompanhará as demais homenagens ao pai. A presidente disse que espera estar em Brasília na tarde de amanhã. "Falei com Josué e depois irei ao sepultamento, em Minas", declarou. Enquanto falava, as lágrimas desciam dos olhos de Dilma.

O ex-presidente Lula, ao lado de Dilma, estava ainda mais emocionado e chegou a chorar fortemente. Lula fez muitos elogios a Alencar e lembrou de quando o conheceu e o escolheu para ser o seu candidato à vice-presidência. Recordou que havia perdido muitas eleições e que sempre tinha a mesma quantidade de votos, em torno de 30%. "Eu precisava do restante e o restante era o Zé Alencar. Quando o conheci, eu disse: encontrei o meu vice", declarou.

Lula salientou a lealdade, a dedicação e a capacidade de trabalho de Alencar, acrescentando que "nunca teve uma vírgula de divergência com ele". O ex-presidente foi mais além nos elogios. "Não existe um vice como o meu. Nós tínhamos um relação de irmãos, de pai e filho", afirmou. "É fácil elogiar quem morre porque todo mundo que morre vira uma pessoa boa. Mas ele é especial", completou.

O ex-presidente contou que estava visitando semanalmente Alencar. Relembrou que na última campanha presidencial, apesar da sua dificuldade, por causa da doença e até uma certa fraqueza Alencar fez questão de subir em um carro e acompanhar Dilma em Belo Horizonte por quatro horas. "Eu tenho de fazer isso para ajudá-la a ganhar", foi a frase de Alencar, relembrada por Lula.

Para Lula "foi um descanso" para Alencar, que "estava sofrendo muito há seis meses". Lula completou dizendo que alguns meses atrás Alencar pediu sua opinião se deveria parar de tomar os medicamentos, pois eram muito agressivos. Lula disse que era a favor de que ele parasse e que vivesse de forma "mais intensa, mais prazerosa" o resto de sua vida. "Vou dedicar o prêmio, amanhã, a ele", afirmou Lula.


Fonte:Correio Braziliense

Presidente do Senado recebeu o governador de SP, Geraldo Alckmin

Presidente do Senado recebeu o governador de SP, Geraldo Alckmin

Publicação: 29/03/2011 17:43 Atualização:
O presidente do Senado, José Sarney, recebeu, nesta terça-feira (29) em seu gabinete, a visita do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do ex-senador José Serra, ambos do PSDB. "Vim dar um abraço no presidente José Sarney", disse Alckmin.

O governador de São Paulo aproveitou para pedir apoio a um projeto de lei que aumenta alíquotas de produtos importados. "É uma forma de fortalecer a indústria nacional", declarou Alckmin.

Antes da reunião com Sarney, o governador participou da sessão de homenagem que lembrou os 10 anos da morte de Mário Covas. Alckmin foi vice-governador de São Paulo quando Covas era governador.

"Era um homem de coerência e austeridade", afirmou Alckmin. De acordo com ele, Mário Covas era dono de um espírito público exemplar. "Era quase um sacerdote em sua vida pública. Sem ele, o PSDB não existiria", concluiu.

Fonte:Correio Braziliense

Deputados pedem investigação contra Bolsonaro por comentários racistas

Deputados pedem investigação contra Bolsonaro por comentários racistas


Publicação: 29/03/2011 21:11 Atualização:

Uma representação assinada por 20 deputados do P-SOL, PCdoB e PDT foi protocolada há pouco, na Mesa Diretora da Câmara, pedindo que a Corregedoria da Casa investigue o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por comentários racistas feitos em programa de televisão, exibido no último dia 28. Caberá agora ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), encaminhar a solicitação à corregedoria.

Na mesma representação, os deputados pedem também que Jair Bolsonaro seja destituído pelo seu partido, o PP, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.. De acordo com a presidente da comissão, deputada Manuela D'ávila (PCdoB-RS), que também assinou a representação, uma pessoa que não defenda os direitos humanos não deve atuar na comissão voltada para esse fim.

Antes da representação ser protocolada, o deputado Jair Bolsonaro disse que iria pedir ao Conselho de Ética da Câmara para que fosse convocado pelo colegiado a fim de prestar esclarecimentos sobre sobre as declarações feitas a um programa de televisão.

Em nota divulgada hoje, o deputado afirma que entendeu errado a pergunta feita a ele no programa, e que não é racista. “Se eu fosse racista, nunca diria isso na televisão, não sou louco. Mas não tenho qualquer problema com isso, tenho funcionários negros, minha esposa é afrodescendente, e meu sogro é mais negro do que mulato”.

Fonte:Correio Braziliense

Rodízio de delegados no 2º DP é descartado

Rodízio de delegados no 2º DP é descartado
Secretário e delegado-geral da Polícia Civil concordam que as regiões de Brás Cubas e de Jundiapeba não podem ter o atendimento reduzido
Bras Santos
Da Reportagem Local
Divulgação

Gondim (ao centro) recebeu garantia de que o 2º Distrito Policial não terá seus plantôes reduzidos
O secretário de Estado da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, e o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro de Lima, afirmaram ontem ao deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) que o 2º Distrito Policial, em Brás Cubas, manterá o plantão completo. Isso quer dizer que a delegacia funcionará 24 horas, incluindo nos fins de semana, com escrivães e delegados. Nas últimas semanas, especulou-se muito que a unidade poderia fechar aos sábados e domingos e no período noturno em razão da falta de delegados. Também falou-se na possibilidade de a delegacia de Brás Cubas dividir os delegados-plantonistas com o 1º Distrito Policial.

As duas possibilidades foram totalmente descartadas pelo secretário e pelo delegado-geral, garantiu Gondim no início da noite de ontem. O parlamentar do PPS reuniu-se na capital com Ferreira Pinto e Lima. "O delegado-geral e o secretário me garantiram que o 2º distrito continuará funcionando com o plantão completo. Os responsáveis pela Polícia Civil me deram essa garantia a partir de estudo iniciado na semana passada. O secretário e o delegado concordaram que as regiões de Brás Cubas e de Jundiapeba não podem ficar sem o atendimento policial em tempo integral. E, para que todos os plantões continuem completos, o delegado-geral e o secretário não descartaram a possibilidade de transferir delegados da Corregedoria da Policia Civil para o plantão do 2º distrito".


Adequações
Ainda segundo Gondim, a definição de quais delegados serão designados para completar o efetivo do 2º DP será anunciada após uma reunião entre Lima e o delegado-seccional de Mogi, João Roque Américo, que deverá ocorrer nos próximos dias.

Gondim aproveitou a conversa com o Mogi News para reforçar a informação de que o governo do Estado teria tomado a decisão de rever o decreto que determinava o fechamento de delegacias da Polícia Civil em cidades com menos de 10 mil habitantes. Esses DPs, segundo o deputado, continuarão atendendo normalmente.

Fonte:Mogi News

Família de José Alencar chega a Brasília para velório

Família de José Alencar chega a Brasília para velório

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DE SÃO PAULO
A família do ex-vice presidente José Alencar já desembarcou na manhã desta quarta-feira na Base Aérea de Brasília, onde vai aguardar a chegada do corpo do político, prevista para as 10h.
Muito triste, vestida toda de preto, a mulher de Alencar, Mariza Gomes da Silva, desceu do avião de mãos dadas com o filho, Josué Alencar. As outras duas filhas do ex-vice presidente, Maria da Graça e Patrícia, além de uma nora e quatro e netos, também chegaram à capital federal em um avião da Força Aérea Brasileira para acompanhar o velório de Alencar.
Além dos filhos, a nora Patrícia (mulher de Josué), com os filhos Bárbara e Josué, e os netos Ricardo e Davi vieram participar das cerimônias em homenagem ao ex-vice presidente.
Todos foram recebidos pelo presidente em exercício, Michel Temer, pelos presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), além do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Bastante abatida, Mariza recebeu um longo abraço de cada uma das autoridades --em especial da mulher de Agnelo, Ilza Queiroz. As filhas e o filho de Alencar também receberam os cumprimentos das autoridades. Em seguida, foram levados para uma sala reservada na Base Aérea de Brasília até a chegada do corpo do ex-vice presidente.
Temer disse que, como vice-presidente, procura seguir o exemplo de Alencar. "Se eu conseguir de alguma maneira, ainda que minimamente, reproduzir alguns dos gestos cívicos do presidente José Alencar, eu me darei por satisfeito na minha gestão como vice-presidente", afirmou.
Temer afirmou que o Brasil perdeu "um grande brasileiro", mas que o céu ganhou "uma grande figura".
Já o presidente do Senado afirmou que Alencar teve coragem de "concordar a discordar" durante toda a sua trajetória política. "Foi um gladiador pela vida. Não só mostrou durante sua luta pela doença, mas deu a todos os brasileiros que sofrem o exemplo de que a gente deve se submeter", disse Sarney.
O peemedebista afirmou que Alencar "jamais baixou a cabeça perante a morte", por isso vai deixar essa lembrança para o país. "A política fica menor."
O ministro Carlos Ayres Britto, do STF (Supremo Tribunal Federal), lamentou a morte de Alencar ao lembrar seu exemplo de "trabalho e resistência" ao câncer que enfrentou por mais de dez anos. Britto defendeu a redução dos juros no país como forma de homenagear a memória do ex-vice.
Sérgio Lima/Folhapress
José Alencar morre aos 79 anos em São Paulo
José Alencar morreu aos 79 anos em São Paulo
"Quem sabe uma maneira de homenagear a memória do José Alencar não seja combatendo esses juros estratosféricos? Ele revelou o óbvio sobre as taxas de juros", afirmou.
Britto representa o presidente do Supremo, Cezar Peluso, na chegada do corpo de Alencar na Base Aérea. Peluso cancelou a participação porque tinha uma viagem agendada anteriormente.
Ao contrário do previsto inicialmente, não haverá mais uma cerimônia militar na Base Aérea. Logo que desembarcar, o corpo será transferido para um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros --onde vai desfilar pelas principais avenidas de Brasília até o Palácio do Planalto.
O cortejo será conduzido por quatro jipes militares e dois carros de combate. No Palácio do Planalto, o corpo vai subir a rampa principal para que o velório seja iniciado. A primeira meia-hora será reservada somente para familiares e autoridades. No meio da manhã, o velório será aberto ao público.
Às 20h, já com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que voltam de Portugal, será realizada uma missa de corpo presente para Alencar. Eles encurtaram a visita de dois dias ao país.
O corpo do ex-vice-presidente também será velado em Minas Gerais. Em Belo Horizonte, o velório será na quinta-feira, das 8h30 às 13h, no Palácio da Liberdade. O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), decretou sete dias de luto oficial no Estado pela morte de Alencar.
DE EMPRESÁRIO A POLÍTICO
Luiz Ribeiro - 23.nov.1989/Folhapress
José Alencar, então presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais)
José Alencar, então presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais); veja fotos
O ex-vice entrou na política graças a sua atuação empresarial bem sucedida. O sucesso frente à Coteminas, uma das maiores indústrias de tecido do Brasil, o levou para instituições que o colocaram em contato direto com a sociedade civil.
A visibilidade em Minas impeliu Alencar a entrar para a política, e em 1993 ele se filiou ao PMDB. No ano seguinte, ele se lançou candidato ao Governo de Minas, quando ficou em terceiro lugar. Em 1998, ele tentou uma vaga no Senado Federal por seu Estado: acabou eleito com quase 3 milhões de votos.
No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
O passo mais importante na política, no entanto, aconteceu na eleição presidencial de 2002, quando, já pelo PL, ele foi o vice na chapa vencedora encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
No início, Alencar foi um vice polêmico. Ele se notabilizou como um dos principais críticos da política econômica do governo. Suas farpas miravam principalmente a política de juros altos do governo, que tentava, com isso, conter a inflação.
Roberto Stuckert Filho/Presidência/Divulgação
Em Portugal, Dilma e Lula choraram e lamentaram a morte de José Alencar
Em Portugal, Dilma e Lula choraram e lamentaram a morte de José Alencar
As críticas renderam reclamações da equipe econômica e conversas reservadas com o presidente.
Mas foi a pedido de Lula que a partir de 2004 ele passou a acumular os cargos de vice-presidente e de ministro da Defesa. Ele comandou o ministério até março de 2006.
Foi também naquele ano que a dupla Lula-Alencar disputou e venceu a reeleição presidencial, o que permitiu sua permanência no poder até o final do mandato.
Alencar, casado com Mariza Campos Gomes da Silva, deixa três filhos (Maria da Graça, Patrícia e Josué) e cinco netos: Ricardo, Geovana, Barbará, Josué e Davi.

Fonte:Folha de S.Paulo