quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Silvio Santos oferece SBT e Baú como garantia para empréstimo de R$ 2,5 bi

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O empresário Silvio Santos deu como garantia para obter empréstimo praticamente todo seu patrimônio empresarial. Para conseguir os R$ 2,5 bilhões do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), entraram 44 empresas subordinadas à holding SS Participações, entre elas o SBT, sua participação no banco PanAmericano, a Jequiti, a Liderança Capitalização e o Baú da Felicidade.

O valor contábil de todas as empresas é de R$ 2,7 bilhões.
O empréstimo foi feito para salvar o PanAmericano, após fraude que causou prejuízo de R$ 2,5 bilhões.

A modelagem se deu por meio de emissão de debêntures privadas (titulo de empresa que rende juros) por parte da holding, obrigada a mudar seu status de "Limitada" para "S/A".
O grupo Silvio Santos terá dez anos para pagar o empréstimo. Ele terá, no entanto, três anos de carência, até iniciar o primeiro pagamento semestral.
O empréstimo não terá juros, apenas correção pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado).
Segundo o presidente do conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, o empresário Silvio Santos se dispôs a vender todas essas empresas se for preciso para saldar o empréstimo.
"Nunca vi um empresário fazer isso. Se colocar nessa situação", afirmou Ferreira.
O FGC foi criado em 1995 para ressarcir os depositantes em caso de quebra de bancos. Em 2005, o fundo passou também a comprar carteiras de instituições com problemas de liquidez, papel que, depois, assumiu durante a crise de 2008. O socorro, por meio de empréstimo, é inédito na história do FGC. Ferreira justificou a operação afirmando que, se o fundo tivesse de bancar os compromissos dos depositantes, teria um desembolso de R$ 2,3 bilhões.
Segundo Ferreira, se não emprestasse o dinheiro, o banco sofreria intervenção e posterior liquidação. Nesse caso, teria de cobrir R$ 2,3 bilhões para os segurados.
Com a operação, além de manter o banco funcionando, o FGC tem agora um ativo de R$ 2,5 bilhões que serão pagos corrigidos pela inflação.
Folha.com - 10/11/2010

Fiscalização autua oito comércios na 1ª semana

Multas aplicadas pelo descumprimento da Lei Mogi Mais Viva totalizam R$ 80 mil. A Prefeitura já emitiu 65 notificações a estabelecimentos, uma média de nove por dia.

WILLIAN ALMEIDA
Da reportagem local


Jorge Moraes
Penalidade: Comerciantes que não adequarem as
fachadas de seus estabelecimentos 48 horas
após receberem notificação serão multados em R$ 10 mil

A Prefeitura de Mogi aplicou oito multas na primeira semana de fiscalização da Lei Municipal 6.334/2009, a Mogi Mais Viva. O valor total das autuações é de R$ 80 mil. A Divisão de Fiscalização da Secretaria de Segurança, que desde o dia 3 de novembro percorre os principais pontos do comércio na cidade, emitiu, no total, 65 notificações (média de nove por dia) a estabelecimentos não adequados à legislação.
O prefeito Marco Bertaiolli (DEM) se reúne hoje, às 10 horas, com comerciantes na sede da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC, rua Barão de Jaceguai, 674, centro) para apresentar dados e fazer o balanço da aplicação da Lei Mogi Mais Viva na cidade. É a terceira vez que Bertaiolli vai à ACMC falar com representantes do comércio sobre a lei. Nas duas oportunidades anteriores, ele mencionou os prazos para a adequação e as vantagens da adaptação e preservação das fachadas.

O secretário de Segurança Eli Nepomucemo definiu como positivo o número de autuações emitidas durante a primeira semana de fiscalização, sobretudo, porque apenas oito das notificações foram transferidas em multas. Ainda de acordo com ele, todas estão concentradas nos bairros Brás Cubas, Jundiapeba, Jardim Universo, César de Souza, Socorro, Mogilar e centro. "Temos parâmetros na medida em que há um contato mais direto com os comerciantes, prestadores de serviço e nas indústrias. É positivo porque apenas oito relutaram em fazer a adequação após receber a notificação", afirmou.

Outro ponto destacado por Nepomuceno é a explicação para o não cumprimento da lei. "Eles admitem que deixaram para resolver essa situação somente na última hora e agora estão sofrendo com a dificuldade em obter mão de obra", comentou.

Multas

O dono de estabelecimento que não fizer a adequação da fachada em até 48 após ser notificado receberá multa de R$ 10 mil e mais cinco dias para resolver o problema. Se houver reincidência, passará a receber multas de R$ 20 mil a cada 15 dias de descumprimento.


IPTU

Até a tarde de ontem, apenas 200 comerciantes haviam apresentado requerimento solicitando desconto de até 30% no Imposto Predial e Territorial e Urbano (IPTU). O prazo encerra em 31 de janeiro e a expectativa é de que o número de pedidos aumente no próximo mês. Cerca de 8 mil estabelecimentos podem receber o abatimento.


MogiNews 10/11/2010

Com corte de água, moradores têm de modificar alguns hábitos em casa

Luana Nogueira

Da reportagem local

Guilherme Berti

Daniella: Família teve de se
adaptar ao racionamento de água
O corte no abastecimento da água, anunciado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para obras de melhorias e que afetará parte da Grande São Paulo, chegou aos 40 bairros de Mogi das Cruzes na manhã de ontem. O jeito, para muitos moradores, foi deixar de lado tarefas que consomem muita água e, com isso, racionar ao máximo.
A estudante Daniela Emy Sakamoto, que reside no Jardim Universo, disse que a família mudou alguns hábitos: "Começamos a tomar banhos mais curtos e minha mãe vai deixar para lavar roupa apenas quando a água voltar", disse. A estudante argumenta que a medida foi adotada para não sofrerem com o corte no abastecimento. "Temos caixa d´ água e vamos economizar para não ficarmos sem".
Lucas Cachoni, do Jardim Ivete, reclamou que o abastecimento em sua residência foi prejudicado desde a tarde de segunda-feira. "À tarde, a água já havia acabado, a noite ela voltou, mas agora não temos mais", informou.
O diretor do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) Edílson Mota de Oliveira, disse que a autarquia recebeu reclamações de moradores que notaram o corte no abastecimento já na segunda-feira à tarde. "Pessoas reclamaram que desde as 18 horas de segunda-feira a água já havia acabado na parte alta da cidade", comentou.
Oliveira ressaltou que o Semae depende do cronograma estabelecido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que está realizando as obras. "Dependemos do cronograma feito pela Sabesp, não temos o que fazer", afirmou. O diretor salientou que, após as obras serem concluídas, o abastecimento da cidade irá melhorar e o município ganhará com isto.
A previsão é que o abastecimento de água da cidade seja restabelecido até amanhã, até as 17 horas. A Sabesp disponibilizou um serviço de atendimento ao consumidor para casos de emergência. O número é o 115.

MogiNews - 10/11/2010