quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dilma recebe apoio de parlamentares do PV e promete cumprir metas de redução de desmatamento

 Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Em Brasília

Dilma Rousseff (PT) em ato público em defesa do meio ambiente nesta quarta, em Brasília
Dilma Rousseff (PT) em ato público em defesa
do meio ambiente nesta quarta, em Brasília
O ato público em defesa do meio ambiente do qual participou hoje (20) a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, serviu para demonstrar o apoio de deputado federais, estaduais e de dirigentes do Partido Verde à petista neste segundo turno das eleições. Entre eles está o ex-coordenador da campanha de Marina Silva, no primeiro turno, Pedro Ivo. Também aderiram à campanha de Dilma, eleitores emblemáticos da senadora, como Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes.
Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP 15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 39,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia. “Nossa posição na COP 15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.”
Dilma teve o discurso interrompido por manifestantes do Greenpeace que abriram uma faixa para reivindicar desmatamento zero na Amazônia. Ela ressaltou, porém, que não faz acordo apenas para ganhar eleição. “O que nós acordamos em Copenhague eu vou cumprir, que foi a redução no desmatamento de 80% na Floresta Amazônica”, disse. Ela ressaltou que não vai ter tolerância com desmatadores.
Em conversa com jornalistas depois do discurso, Dilma classificou de demagógica a ação do Greenpeace. Ela disse que recebeu uma carta de reivindicações do grupo que pedia o fim do desmatamento na Amazônia. Entretanto o documento não estabelecia prazos e nem sugestões de como alcançar a meta. “Isso eu não assumo. É demagógico”, ressaltou.
O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma.
As organizações – entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entregaram à Dilma uma carta com dez pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária. As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.
No programa de governo de Dilma constam treze compromissos na área ambiental. Entre eles estão o avanço do crescimento econômico com sustentabilidade ambiental, inclusive com a baixa emissão gás carbônico (CO2) e com foco na Amazônia.

Serra leva pancada na cabeça durante confronto entre militantes do PSDB e do PT.


                                                              Rafael Andrade/Folhapress

Caminhada de Serra termina em confronto entre petistas e tucanos no RJ

No Rio de Janeiro Uma caminhada do candidato tucano à Presidência, José Serra, no bairo de Campo Grande, no Rio de Janeiro, terminou em tumulto envolvendo centenas de pessoas. Militantes do PSDB e do PT entraram em confronto, e os populares que estavam próximos ao local do incidente chegaram a pensar se tratar de um arrastão. Após a confusão, Serra entrou em uma van e só prosseguiu a caminhada minutos depois de outro ponto do bairro. Dentro de uma farmácia, Serra disse: "Isso já houve várias vezes em São Paulo, como se fosse uma tropa de assalto. O PT tem tropa de choque, mas eu não sei se foi de propósito ou não", afirmou. "Lembra das tropas de assalto dos nazistas? Isso é típico de movimentos fascistas".
O tumulto aconteceu logo após a chegada do presidenciável ao calçadão de Campo Grande, aréa de comércio na zona oeste carioca. A maioria das lojas fechou as portas. Testemunhas disseram que o tucano foi xingado e agredido.
"Eu estava abraçando o Serra, aí ele levou uma 'bobinada' de fita crepe na cabeça. Eu levei uma paulada de um cabo de vassoura na cabeça", disse o pastor Paulo César Gomes, 54, da Igreja Assembleia de Deus do Poder e Glória.



Daniel Milazzo

Do UOL Eleições 20/10/2010

Secretário confirma clínica para este ano

Mogi terá até o fim do ano uma clínica para o tratamento de dependentes químicos, com cerca de 50 leitos, parte deles para a ala feminina. A área para implantação ainda será definida. O secretário estadual de Saúde, Nilson Ferraz Paschoa, confirmou que a cidade será sede do terceiro equipamento de saúde do tipo em todo o Estado, ontem, durante encontro na capital, com integrantes da Associação das Câmaras de Vereadores do Alto Tietê (Acat). O atendimento na unidade será voltado a todo o Alto Tietê. O investimento é de responsabilidade do governo estadual. A contrapartida do município será disponibilizar o imóvel.
O presidente da Câmara de Mogi, Mauro Araújo (PSDB) destacou que a ala feminina valorizou o projeto. "Conseguimos não só a clínica, mas uma ala voltada às mulheres, uma necessidade crescente na nossa região", disse. Ele revelou que em 15 dias, a Prefeitura terá de apresentar de três a quatro opções de áreas. A decisão do local escolhido será de responsabilidade do Estado. "O importante é que definimos um calendário de ações", afirmou Araújo, que foi acompanhado na reunião pelos presidentes de Câmara, Israel Lacerda (PTB), de Suzano, Abel Franco Larini (PR), de Arujá, Agnaldo Bueno (PT), de Salesópolis, e Valdivino Ferreira dos Santos (PRTB), de Biritiba Mirim.

Rede mental
O secretário-adjunto municipal de Saúde, Marcelo Cussatis, também participou do encontro, e ressaltou que a clínica completará a rede de atendimento em saúde mental existente em Mogi. (C.L.)

Mogi News 20/10/2010

Jornalista confirma à PF que encomendou dados de tucanos

O jornalista Amaury Ribeiro Jr., ligado ao chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT), confirmou em depoimento à Polícia Federal que encomendou dados de dirigentes tucanos e familiares de José Serra (PSDB), como a Folha revelou na edição de hoje.
Essas informações, obtidas ilegalmente em agências da Receita Federal em São Paulo, foram parar em um dossiê que, no começo do ano, circulou no comitê dilmista.
O repórter disse que iniciou seu trabalho de investigação quando era funcionário do jornal "Estado de Minas", para "proteger" o ex-governador tucano Aécio Neves --que à época disputava internamente no PSDB a candidatura à Presidência.
Amaury não admitiu que pagou pelos dados nem que pediu a quebra de sigilo fiscal dos tucanos. O despachante Dirceu Rodrigues Garcia, porém, declarou à PF que o jornalista desembolsou R$ 12 mil em dinheiro vivo e que entregou a ele as informações protegidas por lei.
Amaury não disse à polícia se recebeu ou não orientação de Aécio ou de outros políticos de PSDB de Minas para levar adiante a pesquisa. Afirmou que iniciou a apuração após ter tomado conhecimento de que uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, estaria reunindo munição contra Aécio.
O jornalista contou, contudo, que foram pessoas do PT que roubaram os dados de seu computador pessoal. O laptop, segundo ele, foi violado neste ano num quarto de hotel em Brasília.
Amaury, nessa época, já estava ligado ao "grupo de inteligência" do comitê de pré-campanha de Dilma. Sua estadia na capital era paga por integrantes do PT.
O repórter contou, também, que os dados do dossiê foram vazados à imprensa por uma corrente do PT, envolvida em disputa interna por contratos na área de comunicação.
Segundo a Folha apurou, a PF avalia que os dados sigilosos estavam nesse computador

 
LEONARDO SOUZA

DE BRASÍLIA  - Folha.com 20/10/2010